Senado homenageia 19 mulheres na 22ª edição do prêmio Bertha Lutz
Em sessão de premiações e condecorações no Plenário, 19 mulheres foram agraciadas com o prêmio Bertha Lutz em sua 22ª edição. O primeiro-vice-presidente no exercício da Presidência, senador Eduardo Gomes (PL-TO), lembrou que o prêmio reconhece mulheres que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos femininos e das questões de gênero. Ao descrever as agraciadas como "19 bravas mulheres", a senadora Leila Barros (PDT-DF), líder da Bancada Feminina no Senado, alertou que a causa feminista defende a igualdade e a justiça.

Transcrição
EM SESSÃO DE PREMIAÇÕES E CONCECORAÇÕES, O PLENÁRIO DO SENADO HOMENAGEOU DEZENOVE MULHERES COM O PRÊMIO BERTHA LUTZ. REPÓRTER CESAR MENDES.
Atrizes consagradas internacionalmente, professoras, escritoras, médicas, cientistas, ativistas e integrantes dos Poderes da República. As 19 mulheres agraciadas com o diploma Bertha Lutz este ano no Plenário do Senado têm as mais variadas origens, etnias e áreas de atuação, como destacou o primeiro-vice-presidente no exercício da Presidência, senador Eduardo Gomes.
(senador Eduardo Gomes) ''Esta sessão destina-se à entrega do diploma Berta Lutz, premiação que é destinada a agraciar pessoas que, no país, tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e das questões de gênero.''
''19 bravas mulheres, 19 incríveis mulheres". A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, líder da Bancada Feminina, elogiou as agraciadas. Mas fez um alerta ao lembrar que a causa feminista ainda defende a igualdade e a justiça.
(senadora Leila Barros) ''Um quarto de século já transcorrido desde a primeira edição deste prêmio e ainda precisamos estar aqui reivindicando direitos. Direitos pela equiparação de oportunidades, direito pela visão do trabalho doméstico, direito pela efetiva inclusão social e pasmem, direito até mesmo à integridade física."
A senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, destacou que os direitos das mulheres são, antes de mais nada, direitos humanos.
(senadora Soraya Thronicke) "Entendo que a palavra 'humanos' seja de suma importância para que todos, pelo menos inconscientemente, entendam que são direitos que devem ser protegidos por todos nós, homens e mulheres.''
Já a senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, citou a escritora francesa Simone de Beauvoir ao definir a condição de ser mulher.
(senadora Teresa Leitão) "Não se nasce mulher, torna-se mulher. Esta frase, de Simone de Beauvoir, expressa uma condição que as mulheres vivem na pele diariamente: Nos tornamos mulheres; no sentido de uma construção histórica, política, econômica e social."
Entre as agraciadas com o prêmio Bertha Lutz estão Antonieta de Barros, in memoriam, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo estado de Santa Catarina, além das atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres; da neurocientista Lúcia Braga; da presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna; da ex-senadora Marisa Serrano e da escritora Conceição Evaristo. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

