Senado vai discutir tratado global de combate a poluição por plásticos
A Comissão de Relações Exteriores vai debater o posicionamento do Brasil perante as negociações do Tratado Global de Combate à Poluição por Plásticos. O autor da iniciativa, senador Esperidião Amin (PP-SC), lembrou que a poluição plástica é hoje uma das maiores ameaças ao oceano, à saúde humana e à economia. Já o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) ressaltou que o assunto faz parte do dia a dia da população, ao citar o consumo de peixes contaminados com o material. Entre os convidados para a audiência pública estão representantes do Ministério do Meio Ambiente, da Associação Brasileira da Indústria do Plástico e de associações, além de professores universitários.
Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES VAI DISCUTIR, EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, OS DESDOBRAMENTOS DO TRATADO GLOBAL DE COMBATE À POLUIÇÃO POR PLÁSTICOS.
O BRASIL É RESPONSÁVEL POR CERCA DE 325 MIL TONELADAS QUE CHEGAM AOS OCEANOS TODO ANO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA.
Por iniciativa do senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, a Comissão de Relações Exteriores vai debater o posicionamento do Brasil perante as negociações do Tratado Global de Combate à Poluição Por Plásticos. Em 2022, a ONU aprovou uma resolução, com apoio de 175 países, para acabar com a poluição plástica. A ideia seria criar até 2024 um acordo internacional com força legal. Para Esperidião Amim, dada a relevância do tema e o papel do Brasil na diplomacia ambiental, é fundamental acompanhar o andamento das negociações e como o país pode contribuir para soluções que unam progresso econômico, social e ambiental. Ele lembrou que a poluição plástica é hoje uma das maiores ameaças ao oceano, à saúde humana e à economia. Cerca de 15 milhões de toneladas de plástico entram nos oceanos por ano. Dessas, 325 mil toneladas são do Brasil. O senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, ressaltou que o assunto faz parte do dia a dia da população.
A maior parte das pessoas desconhece a os efeitos da poluição por plásticos. Quando nós consumimos peixes e crustáceos da nossa costa a gente consome junto também microplásticos. Então, basicamente contamina. A população com microplásticos é para ficar preocupada mesmo. E esses microplásticos, eles têm várias origens, inclusive na nossa casa. A máquina de lavar roupa, essas roupas com fibras, fibras sintéticas, por exemplo, elas soltam esses microplásticos, que acabam na rede de águas de esgotos e chegam nos oceanos.
Para discutir o acordo, será convidado o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adalberto Maluf; o diretor da Associação Brasileira da Indústria do Plástico, Paulo Teixeira, além de representantes de associações e professores universitários. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.
