Plenário aprova voto de repúdio ao time paraguaio Cerro Porteño
O Plenário do Senado aprovou um voto de repúdio ao ao Clube de Futebol Cerro Porteño e sua torcida por ataques racistas contra os jogadores do Sub-20 do Palmeiras, Figueiredo e Luigh, numa partida pela Libertadores no início do mês, no Paraguai. A autora do requerimento (Req. 165/2025), senadora Leila Barros (PDT-DF), destacou que as manifestações foram gravíssimas, sobretudo, por terem sido dirigidas a jogadores do time de base. Já a presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), considerou necessário um posicionamento do Senado ao citar que as punições da Confederação Sul-Americana de Futebol ao time paraguaio, a exemplo da multa de US$ 50 mil, não vão resolver o problema do racismo, que tem sido recorrente por parte do clube.

Transcrição
O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU UM VOTO DE REPÚDIO AO TIME PARAGUAIO CERRO PORTEÑO POR ATOS DE RACISMO CONTRA JOGADORES BRASILEIROS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
De iniciativa da senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, o voto de repúdio ao Clube de Futebol Cerro Porteño e sua torcida se deve às manifestações de racismo contra os jogadores do Sub-20 do Palmeiras, Figueiredo e Luigh, durante uma partida pela Libertadores no início do mês no Paraguai. Um torcedor fez gestos imitando um macaco. Diante da repercussão, a Confederação Sul-Americana de Futebol - Conmebol- aplicou uma multa de US$ 50 mil dólares, cerca de R$ 288 mil, e decidiu que o time paraguaio vai jogar sem torcida as próximas partidas, além de veicular nas redes sociais oficiais uma campanha de conscientização contra o racismo. Leila Barros destacou que o caso de racismo é ainda mais grave por se tratar de ofensas contra jogadores da categoria de base. Ela lembrou ainda que os ataques dos torcedores do Cerro Porteño têm sido recorrentes. Já a presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, afirmou que as punições foram pequenas diante da gravidade dos atos de racismo contra os atletas brasileiros.
Eu acho que o time tinha que ter sido desclassificado e ser expulso do campeonato. Por que? Enquanto não pisar no bolso, enquanto for uma advertência, uma reclamação, enquanto o torcedor não entender que o que ele está fazendo está prejudicando o time, eles vão continuar com atos de racismo nos campos de futebol. Então, a gente fez esse desagravo, especialmente, numa inconformidade com as atitudes e as providências que foram tomadas.
O Palmeiras volta a enfrentar o Cerro Porteño pela Copa Libertadores no dia 9 de abril em São Paulo e no dia 7 de maio no Paraguai. A presidente do clube, Leila Pereira, anunciou o reforço da segurança nas duas partidas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

