Comissão de Infraestrutura discute suspensão dos voos da empresa aérea Voepass

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LOC A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DISCUTIU COM REPRESENTANTES DA ANAC A SUSPENSÃO DOS VOOS DA EMPRESA AÉREA VOEPASS. REPÓRTER CESAR MENDES. Os voos da empresa aérea Voepass estão suspensos desde o dia 11 de março, por decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A medida cautelar vale até que a empresa comprove capacidade para garantir os níveis de segurança exigidos pela agência. Em agosto do ano passado, um avião ATR-72 da Voepass caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, deixando 62 pessoas mortas. Após o trágico acidente, funcionários da empresa denunciaram problemas técnicos que, segundo eles, comprometiam a segurança de voo. Em outubro, a Anac estabeleceu condições para que a companhia continuasse operando, como a redução da malha aérea e o aumento do tempo de manutenção das aeronaves no solo; mas em fevereiro deste ano, a Anac concluiu que a empresa não estava cumprindo as exigências e suspendeu temporariamente todos os voos da Voepass. Autor do pedido do debate na Comissão de Infraestrutura, o senador Sergio Moro, do União do Paraná, quis saber se houve falha na fiscalização da Anac antes do acidente ocorrer. Sonora: senador Sergio Moro (senador Sergio Moro) ''A grande indagação é essa, né? Será que esses elementos já não estavam antes presentes? Por que a suspensão foi feita só agora?'' O diretor-presidente substituto da Anac, Roberto José Silveira Honorato, garantiu que a empresa já estava sob a vigilância da Anac antes do acidente, mas disse que não havia o diagnóstico, dado apenas em fevereiro, de degradação no sistema de gestão da Voepass ao ponto de levar à suspensão dos voos. Sonora: Roberto José Silveira Honorato (Roberto José Silveira Honorato) ''Na auditoria, os servidores envolvidos no dia a dia ali da empresa identificaram deficiências que a empresa deveria ter localizado; mas em setembro e outubro do ano passado, essa condição não existia.'' O senador Jayme Campos, do União de Mato Grosso, citou uma reportagem de TV com denúncias de um funcionário sobre ''canibalização'' de aeronaves, em que aviões no solo forneceram peças para serem aproveitadas nos que estavam voando; mas Roberto Honorato explicou que essa prática é comum e não é ilegal; e garantiu que não houve falha na fiscalização já que, segundo ele, a agência segue procedimentos internacionais. Roberto Honorato reconheceu, no entanto, que há um déficit de 400 funcionários hoje na Anac e disse que isso prejudica a ampliação das ações de fiscalização. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.