Grupo discute prioridades legislativas para cooperação de países Amazônicos
O Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica discutiu nesta quarta-feira (12) as prioridades legislativas para a cooperação entre os parlamentos da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Institucionalizar o Parlamento Amazônico, monitorar a crise hídrica que atinge a Amazônia e garantir melhores condições de vida para a população que vive na região foram algumas sugestões apresentadas na reunião.

Transcrição
EM REUNIÃO NESTA QUARTA-FEIRA, O GRUPO PARLAMENTAR DA ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DE COOPERAÇÃO AMAZÔNICA DISCUTIU AS PRIORIDADES LEGISLATIVAS PARA A RELAÇÃO ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO.
NA OCASIÃO, TAMBÉM FORAM ELEITOS PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DO GRUPO. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
O Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica discutiu nesta quarta-feira as prioridades legislativas para a cooperação entre os parlamentos da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que integram a organização. Eleito presidente do grupo, o senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, afirmou que o principal objetivo é institucionalizar a relação entre o Parlamento Amazônico e o Tratado de Cooperação, em sintonia com o que pensa a vice-presidente eleita, deputada federal Socorro Neri, do PP do Acre.
Visando, de fato, termos essa instância que vai buscar articulação não apenas de políticas públicas, mas também de legislações, visando harmonizar essas legislações, modernizar a legislação climática, ambiental dos nossos países para o enfrentamento dessa grave crise climática que estamos vivendo, com iminência de não retorno. É preciso, portanto, uma ação de todos nós. E eu vislumbro no Parlamento Amazônico a possibilidade desse diálogo.
Já na opinião do senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, o grupo deve contribuir para melhorar as condições das pessoas que vivem na Amazônia. Segundo ele, o desenvolvimento sustentável deve contemplar as dimensões social, econômica e ambiental igualmente.
A questão ambiental é séria? É muito séria. Mas a fome também, a pobreza, a miséria são muito mais sérias. Esse espaço todo não tem sentido se não tiver o ser humano no meio. E a gente precisa entender tudo isso e fazer com que essa visão seja focada na questão humana e, por tabela, nas condições da questão humana para a sobrevivência no local.
Preocupada com a seca, a crise hídrica e os incêndios que atingem a Amazônia em geral, incluindo o Peru, Karla Paredes, integrante do Congresso peruano e vice-presidente do Parlamaz, sugeriu a criação de uma rede regional de monitoramento.
Em que os países amazônicos compartilhem informações em tempo real e desenhem estratégias conjuntas para enfrentarmos esse problema.Isso poderia nos ajudar a prever, a reduzir o impacto das crises hídricas e desenvolver estruturas resilientes que garantiriam o acesso à água às comunidades mais vulneráveis.
Também participaram da reunião do Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica representantes da Colômbia e Bolívia, além de parlamentares brasileiros, representantes de entidades do terceiro setor e da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

