Candidatos derrotados à presidência do Senado defenderam processo de impeachment de ministros do STF
Além do senador Davi Alcolumbre (União-AP), a disputa pela presidência do Senado teve a participação de outros dois candidatos: Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE). Derrotados, eles defenderam propostas comuns, como a abertura de processo de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e a anistia dos presos envolvidos na invasão dos prédios dos três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Transcrição
ALÉM DE DAVI ALCOLUMBRE, OS SENADORES ASTRONAUTA MARCOS PONTES E EDUARDO GIRÃO TAMBÉM PARTICIPARAM DA DISPUTA PARA A PRESIDÊNCIA DO SENADO.
DEFESA DE ABERTURA DE PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E ANISTIA DE PESSOAS PRESAS ENVOLVIDAS NO 8 DE JANEIRO FORAM PROPOSTAS COMUNS DOS CANDIDATOS DERROTADOS NESTE SÁBADO, QUE AINDA DEFENDERAM O RESGATE DAS PRERROGATIVAS DO SENADO. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS:
Inicialmente com cinco candidatos, a eleição para a escolha do novo presidente do Senado nos próximos dois anos acabou envolvendo apenas três nomes: o de Davi Alcolumbre, vencedor da disputa, e os dos senadores Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, e Eduardo Girão, do Novo do Ceará. Cada um deles se manifestou em plenário, para apresentar aos senadores as suas proposições, caso eleitos.
Aproximar o Senado da vontade popular e resgatar as prerrogativas da casa foram promessas do Astronauta Marcos Pontes. Na opinião dele, esse caminho seria alcançado por meio da abertura de processo de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal e da anistia de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios que sediam os três poderes em Brasília foram invadidos e depredados. Valorização do trabalho da bancada feminina no Senado, maior participação dos senadores na definição da pauta de votações e retomada do diálogo entre os diversos campos políticos representados na casa foram outras promessas feitas por Marcos Pontes:
(sen. Marcos Pontes) "Como piloto de caça e astronauta, colocamos literalmente as nossas vidas nas mãos uns dos outros. Aprendi que a sobrevivência depende do trabalho em equipe. No Senado não é diferente. Minha candidatura não é um projeto pessoal, é um projeto para devolvermos juntos ao Senado a sua grandeza."
Assim como Marcos Pontes, Eduardo Girão também defendeu a abertura de processo de impeachment contra ministros do STF e a anistia dos presos do 8 de janeiro. Para ele, essas medidas são necessárias para levar o país a um processo de pacificação. Fim do foro privilegiado, pressão para que a votação da PEC Antidrogas seja concluída pela Câmara dos Deputados, volta da prisão após condenação em segunda instância e fim das emendas parlamentares foram outras medidas que Girão defendeu, em discurso de defesa de sua candidatura à presidência do Senado:
(sen. Eduardo Girão) "Eu sou a favor de acabar com emendas parlamentares, isso é um desvio de função. Está lá a nossa prerrogativa constitucional, fiscalizar o Poder Executivo, fazer leis, não é gerir orçamento. Se não puder acabar, eu vou colocar publicidade total no site do Senado Federal, cada centavo de emenda para todo mundo saber para onde foi. Eu já faço isso no mandato."
Representantes do Podemos, a senadora Soraya Thronicke, de Mato Grosso do Sul, e o senador Marcos do Val, do Espírito Santo, abriram mão das respectivas candidaturas, depois de discursarem para os senadores durante a primeira reunião preparatória deste sábado. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

