Ao deixar presidência do Senado, Pacheco cita defesa da democracia como legado
O senador Rodrigo Pacheco, em sua última coletiva como presidente do Senado, neste sábado (1º), fez elogios à imprensa, lembrou a pandemia e afirmou que é possível criticar o Congresso em diversos aspectos, mas destacou a produtividade e os marcos legislativos aprovados pelos parlamentares, como a reforma tributária. Pacheco citou a defesa da democracia como um legado importante de sua gestão. O senador do PSD de Minas Gerais ficou à frente do Senado por quatro anos.

Transcrição
EM SUA ÚLTIMA COLETIVA DE IMPRENSA COMO PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHEDO DESTACOU A DEFESA DA DEMOCRACIA COMO UM DOS PRINCIPAIS LEGADOS DE SUA GESTÃO.
EM QUATRO ANOS, PACHECO LIDOU COM UMA PANDEMIA, UMA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO E DESAFIOS NA ECONOMIA. REPÓRTER JÚLIA LOPES:
De saída da presidência do Senado após dois mandatos, Rodrigo Pacheco concedeu entrevista coletiva na qual agradeceu à Mesa do Senado, ao Colégio de Líderes, aos servidores e colaboradores da Casa; e ressaltou o papel da imprensa na cobertura legislativa e no combate às fake news. Pacheco também afirmou que é possível criticar o Congresso em diversos aspectos, mas destacou a produtividade e os marcos legislativos aprovados pelos parlamentares. Classificou os últimos anos como "desafiadores" e citou a defesa da democracia como legado mais importante:
(Rodrigo Pacheco) "Eu considero que de todas essas realizações, todos esses marcos legislativos que foram muito, sem dúvida alguma, é a defesa que o Senado fez da democracia no Brasil. A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse no momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no Brasil. Não se furtou de poder garantir que nós tivéssemos respeito às instituições, a busca da harmonia entre os poderes."
Entre os marcos legislativos aprovados durante sua gestão, Pacheco destacou a Reforma Tributária e defendeu a continuidade do avanço na pauta econômica, com medidas que garantam mais eficiência nos gastos públicos:
(Rodrigo Pacheco) "Corrigir o sistema de arrecadação com a reforma tributária, é inevitável que o Congresso Nacional agora se dedique a outra ponta, que é a discussão do gasto público. A qualidade do gasto público, a eficiência do gasto público, isso obviamente significará ajustes de modificações no sistema de gastos públicos, inclusive de emendas parlamentares."
Dois dos quatro anos de Pacheco como presidente do Senado foram marcados pela pandemia. Ele lembrou os senadores que morreram em decorrência da covid-19: José Maranhão, da Paraíba; Arolde de Oliveira, do Rio de Janeiro; e Major Olímpio, de São Paulo. Rodrigo Pacheco também destacou a atuação do Congresso naquele momento, ao aprovar leis que garantiram vacinas, auxílio emergencial e recursos para o enfrentamento da situação de emergência:
(Rodrigo Pacheco) "Num momento muito agudo da vida nacional. E o Senado Federal não se furtou, muito ao contrário. Teve um papel muito decente, muito íntegro no enfrentamento da pandemia, com proposições de enfrentamento sanitário, mas também com proposições que contribuíram para a sociedade, para os governos, para as prefeituras, naquele momento muito agudo da vida nacional."
Ao defender a harmonia entre os Poderes, Rodrigo Pacheco fez um agradecimento ao presidente Lula e ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal. Também ressaltou o trabalho conjunto do Senado com a Câmara dos Deputados na aprovação de projetos; e o trato respeitoso, apesar de divergências democráticas com o deputado Arthur Lira, que deixa a presidência daquela Casa. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Júlia Lopes.

