CAE aprovou regulamentação da profissão de salva-vidas
A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou um projeto que regulamenta a atividade de salva-vidas (PL 5706/2023). A proposta, que seguiu para a Comissão de Assuntos Sociais, diz que a profissão só poderá ser exercida por quem tiver o ensino médio e curso profissionalizante e demonstrar capacidade na corrida e natação. O relator, Humberto Costa (PT-PE), ressaltou que o risco estimado de morte por afogamento em área de banho sem salva-vidas ou guarda-vidas é 60 vezes maior.

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS APROVOU UM PROJETO QUE REGULAMENTA A ATIVIDADE DE SALVA-VIDAS.
A PROPOSTA, QUE SEGUIU PARA A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, EXIGE O ENSINO MÉDIO, CURSO PROFISSIONALIZANTE E CAPACIDADE NA CORRIDA E NATAÇÃO. OS DETALHES COM O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
Aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos, o projeto de lei elenca as condições necessárias para exercer a atividade de salva-vidas ou guarda-vidas. O candidato deve ter mais de 18 anos, ensino médio completo, boas condições de saúde, proficiência em corrida e natação e ser aprovado em curso profissionalizante específico, com atualização a cada 2 anos. Quem já exerce a profissão também estaria amparado pela regulamentação. A proposta fixa ainda jornada máxima semanal de 40 horas, equipamento adequado, aposentadoria especial e adicional de insalubridade em alguns casos. Um legislação específica vai determinar piso salarial e as exigências de contratação desses profissionais. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, ressaltou que o risco estimado de morte por afogamento em área de banho sem salva-vidas ou guarda-vidas é 60 vezes maior.
Segundo o boletim epidemiológico publicado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), a cada 90 minutos, em média, um brasileiro morre afogado, sendo que, a cada dez óbitos, nove ocorrem antes de chegar ao hospital. Aponta, ainda, que afogamento é a segunda causa óbito em crianças de um a quatro anos, e a quarta causa em pessoas de cinco a 24 anos.
Sugerido pela Associação Baiana de Salvamento Aquático, o projeto de lei seguiu para discussão e votação na Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

