Subcomissão do Pantanal divulga resultados de visita ao bioma devastado pelas chamas — Rádio Senado
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Subcomissão do Pantanal divulga resultados de visita ao bioma devastado pelas chamas

O relatório da diligência externa ao Pantanal feita pela Comissão de Meio Ambiente, entre os dias 21 e 23 de novembro deste ano, foi lido pelo presidente da Subcomissão Permanente do Bioma Pantanal, senador Wellington Fagundes (PL-MT). Entre os principais pontos abordados no texto estão a necessidade de unir forças entre os diferentes níveis de governo; e estabelecer uma data única para a proibição do uso do fogo no Pantanal, sugerido para junho de 2025.

05/12/2024, 19h35 - ATUALIZADO EM 05/12/2024, 19h35
Duração de áudio: 02:51
Crédito: Geraldo Magela

Transcrição
O PANTANAL FOI UM DOS ECOSSISTEMAS MAIS DEVASTADOS PELAS QUEIMADAS NESTE ANO, COM NÚMERO DE FOCOS DE INCÊNDIO FORA DO PADRÃO DA DINÂMICA NATURAL DO FOGO NO BIOMA. A FIM DE CONHECER MELHOR A SITUAÇÃO E PROCURAR SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA, INTEGRANTES DA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DA SUBCOMISSÃO DO PANTANAL FORAM ATÉ MATO GROSSO PARA VER, IN LOCO, A MAGNITUDE DO PROBLEMA. O RELATÓRIO COM OS RESULTADOS DA DILIGÊNCIA FOI APRESENTADO NESTA QUINTA-FEIRA E A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ AS INFORMAÇÕES: O número de incêndios no Pantanal neste ano foi o segundo maior registrado desde o começo da série histórica, em 1988, perdendo apenas para o ano de 2020. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, nos primeiros 11 meses do ano, o número de focos ultrapassou os 14 mil na região pantaneira; um aumento de 139% em comparação ao mesmo período de 2023.  O fogo que se intensificou no bioma deixou cicatrizes na flora, na fauna e nas comunidades. Para acompanhar o cenário devastador, senadores e deputados foram ao Pantanal, entre os dias 21 e 23 de novembro, para acompanhar os impactos dos incêndios e discutir soluções para proteger o bioma em 2025.  O resultado da diligência foi apresentado nesta quinta-feira. O presidente da subcomissão do bioma Pantanal, senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, reforçou a necessidade de unir forças entre os diferentes níveis de governo, a fim de promover ações integradas de prevenção e combate aos incêndios: (Wellington Fagundes): "Durante essa reunião, foi mencionada a importância de novos investimentos, como aquisição de helicópteros e também drones para monitoramento em tempo real, além de fortalecer as ações de conscientização e educação ambiental que já impactaram mais de 24 mil pessoas da região. É preciso reconhecer que o combate aos incêndios no Pantanal não é uma tarefa de um único governo ou instituição. Ele é, antes de tudo, uma responsabilidade coletiva." De acordo com os resultados da diligência, áreas abandonadas ou mal ocupadas são mais suscetíveis a esses incêndios. Assim, seria necessário um aporte de cerca de R$11 milhões para equipamentos de proteção, R$55 milhões para helicópteros e R$5 milhões para drones a fim de garantir que o combate aos focos seja cada vez mais eficaz.  Além dos desafios ambientais, Fagundes ressaltou os desafios sociais que persistem na região:   (Wellington Fagundes): "A importância de diversificar a economia local, criando alternativas sustentáveis para as comunidades que dependem da pecuária e da agricultura também foi discutido com grande seriedade. O que ficou claro é que a preservação do Pantanal exige um esforço conjunto que envolva todas as partes interessadas, governos, instituições ambientais, comunidades locais e também a sociedade civil." O relatório também recomenda estabelecer um período único para a proibição do uso do fogo no Pantanal, sugerido para junho de 2025; propor a extensão dos recursos do Fundo Amazônia para o Pantanal; além de um plano de ação para a responsabilização e eficiência na aplicaçãode multas ambientais. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.

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