Escolas deverão adotar protocolo para combater racismo e homofobia — Rádio Senado
Projeto

Escolas deverão adotar protocolo para combater racismo e homofobia

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) apresentou o PL 4403/2024, que cria um protocolo nacional para ser utilizado em situações de racismo, misoginia, discriminação por motivo de orientação sexual ou de identidade de gênero, registradas dentro das escolas. Além do acolhimento multidisciplinar dos estudantes, o texto prevê a formação continuada dos profissionais da educação para abordarem questões relacionadas a toda forma de discriminação.

21/11/2024, 14h16 - atualizado em 21/11/2024, 14h32
Duração de áudio: 02:50
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
AS ESCOLAS DE TODO O PAÍS DEVERÃO ADOTAR MEDIDAS PARA ENFRENTAR O RACISMO, A MISOGINIA, A HOMOFOBIA, A TRANSFOBIA, E OUTRAS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO. É O QUE PREVÊ UMA NOVA PROPOSTA APRESENTADA PELA SENADORA TERESA LEITÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA O projeto cria um protocolo nacional de atendimento para ser utilizado nas escolas em situações de racismo, misoginia, discriminação por motivo de orientação sexual ou de identidade de gênero, e outras formas de preconceito. Todos os casos e suspeitas deverão ser notificadas ao conselho tutelar e à direção da instituição de ensino, que deverá encaminhá-las aos órgãos competentes para apuração da denúncia. Os profissionais de educação também deverão disponibilizar materiais pedagógicos que abordem questões relacionadas às formas de discriminação e preconceito, além de desenvolver a consciência crítica dos estudantes em relação à igualdade entre todos os seres humanos. E devem promover ações de apoio emocional e psicológico às vítimas de discriminação, por meio de equipes multiprofissionais. A autora, senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, acredita que é preciso universalizar as normas e procedimentos a serem seguidos nas instituições de todo o país. Esse protocolo vai ajudar, inclusive, aos professores e funcionários de escolas a ficarem mais preparados para lidar com esse tipo de situação porque um dos pontos de projeto busca promover a formação continuada dos profissionais de educação e sua capacitação para abordar quetões relacionadas a toda forma de discriminação e preconceito e identificar práticas discriminatórias. São diretrizes simples que podem ser abordadas no projeto pedagógico da escola.  Para Teresa Leitão, a apresentação projeto em novembro é simbólica por ser o mês da Consciência Negra.  É importante que ele volte nesse período que estamos discutindo o mês da consciência negra, o combate ao preconceito, o combate à prática do bulling nas escolas. Isso é registrado, são inconcebíveis essas práticas, mas elas existem. Existe política do Executivo, sim. Existe iniciativa pontual de vereadoras, sim. Mas é preciso uma legislação nacional e é isso que nosso PL pretende fazer.  Uma pesquisa do Ministério da Educação revelou que apenas 36% das secretarias municipais de educação reveleram ter algum tipo de protocolo para lidar com episódios racistas. Já as ações voltadas para o combate ao machismo e a homofobia têm o percentual ainda menor, e estão presentes em apenas 1 a cada 4 escolas. Dados do MEC mostram que, em 2021, apenas 25,5% das escolas públicas possuíam projetos para diminuir a LGBTfobia entre os alunos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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