21 Dias de Ativismo: campanha pelo fim da violência contra a mulher vai até 10/12
Começa nesta quarta-feira (20) a edição de 2024 da Campanha 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Visando conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres, a campanha contempla pautas de equidade e direitos humanos com várias atividades que ocorrem até o dia 10 de dezembro. Para marcar o lançamento deste ano, a Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher promoveu uma audiência pública nesta terça-feira (19).

Transcrição
A CAMPANHA "21 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES" COMEÇA NESTA QUARTA-FEIRA, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, E VAI ATÉ DEZ DE DEZEMBRO, DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS.
O TEMA FOI DISCUTIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER PEDRO PINCER:
Começa nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, a edição de 2024 dos "21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher". Visando conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres, a campanha contempla pautas de equidade e direitos humanos com várias atividades até o dia 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O dia escolhido para seu início, o da Consciência Negra, leva em conta o fato de que as mulheres negras são maioria entre as vítimas de feminicídio e de outros tipos de crimes motivados tanto pelo machismo quanto pelo racismo.
Para marcar o lançamento da mobilização deste ano a Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher promoveu uma audiência pública nesta terça-feira. A ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Vera Lúcia Araújo, falou sobre a baixa representatividade de mulheres, especialmente negras, no Judiciário e afirmou que são necessárias medidas integradas entre os Poderes para aumentar a segurança feminina:
(Vera Lucia Araújo - TSE) "A gente ainda precisa se somar e alargar essas alianças de maneira a termos os resultados que ansiamos, a termos a segurança de saber que toda e qualquer mulher pode sair da sua casa e voltar para a sua casa, pode iniciar um relacionamento e terminar um relacionamento sem a permanente ameaça de que poderá ser alcançada pelo ex que não se conforma com o rompimento da relação."
A campanha busca aumentar a conscientização sobre os diversos tipos de violência enfrentados por mulheres, e promover ações concretas para prevenir e eliminar essa violência. Isso inclui advocacia por políticas públicas, educação, sensibilização, apoio a vítimas e a promoção de uma cultura de respeito e igualdade de gênero. Denise Motta, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, falou sobre o Painel de Monitoramento da Casa da Mulher Brasileira, que traz dados como o valor investido em cada unidade e a previsão para a próxima fase de execução, que serão atualizados a cada mês:
(Denise Motta Dau) "Então, 10 casas da Mulher Brasileira funcionando, 6 atualmente em obras, 1 em projeto de licitação, 4 em fase de projeto executivo até aprovação pela Caixa e 17 já com o TED assinado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública."
Já a defensora pública federal Daniela Brauner destacou, entre as iniciativas que a Defensoria Pública da União instituiu, o Observatório sobre Violência Contra as Mulheres, para criar estratégias para aperfeiçoar a atuação do órgão nessa área:
(Daniela Brauner - DPU) "Quanto mais a gente discutir e trazer à baila a existência dessa violência e falarmos sobre isso, e a gente pode, com medidas de prevenção, combatê-la e, de fato, buscar índices cada vez menores de violência contra as mulheres de forma geral."
Mundialmente, os dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher são 16 e começam em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A data lembra as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, torturadas e assassinadas em 1960, na República Dominicana, por se oporem à ditadura do general Rafael Trujillo, que então governava o país. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

