Senado discute Política Nacional de Recuperação da Caatinga — Rádio Senado
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Senado discute Política Nacional de Recuperação da Caatinga

A Comissão de Meio Ambiente adiou por 15 dias a análise do projeto da senadora Janaína Farias (PT-CE) que cria a Política Nacional para a Recuperação da Vegetação da Caatinga (PL 1990/2024). A proposta tem o objetivo de recuperar as áreas desmatadas e áridas do bioma e desenvolver sistemas alimentares adaptados à crise climática, entre outros objetivos. Para o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), o projeto pode resultar em sobreposição normativa já que a preservação da Caatinga está amparada pelo Código Florestal.

01/11/2024, 13h12 - ATUALIZADO EM 01/11/2024, 13h36
Duração de áudio: 01:58
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Transcrição
A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE ADIOU POR QUINZE DIAS A VOTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO DA CAATINGA. MAIS DETALHES COM O REPÓRTER CESAR MENDES. Em análise na Comissão de Meio Ambiente, o projeto que cria a Política Nacional para a Recuperação da Vegetação da Caatinga tem como objetivos recuperar as áreas desmatadas e áridas do bioma; ampliar a produção de alimentos; desenvolver um sistema alimentar sustentável e adaptado à crise climática; estimular a bioeconomia; e contribuir para a segurança hídrica e a disponibilidade da água na região. Para isso, a autora, senadora Janaína Farias, do PT do Ceará, sugere o incentivo às atividades agropecuárias e florestais sustentáveis; o combate à desertificação; e a participação da comunidade local na recuperação de áreas desmatadas, por meio de frentes de trabalho de recuperação da vegetação. Mas o senador Jaime Bagatolli, do PL de Rondonia, solicitou mais tempo para analisar a proposta por entender que a Caatinga, como um dos seis grandes biomas brasileiros, já está amparada no Código Florestal que, segundo ele, define as áreas de preservação permanente, áreas de reserva legal e outras restrições de uso para a conservação dos nossos biomas.  (senador Jaime Bagattoli) ''Nova legislação poderia resultar em sobreposições normativas, gerando insegurança jurídica, além de possivelmente dificultar a gestão integrada das políticas ambientais. Essa duplicidade de leis poderia, ainda, comprometer a clareza e a aplicabilidade das normas, uma vez que o Código Florestal já cumpre adequadamente o papel de orientar o uso sustentável e a preservação da Caatinga.'' O projeto deverá voltar à pauta da Comissão de Meio Ambiente em duas semanas. Se aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja pedido para votação no Plenário do Senado. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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