Protegida por habeas corpus, Deolane Bezerra não comparece à CPI das Apostas Esportivas
A influenciadora Deolane Bezerra e o empresário Darwin Filho não compareceram à reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas desta terça-feira (29). Recentemente, Deolane foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de apostas ilegais e lavagem de dinheiro. Eles conseguiram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para não serem obrigados a depor na comissão.
Transcrição
A INFLUENCIADORA DEOLANE BEZERRA NÃO COMPARECEU À CPI DA MANIPULAÇÃO DE JOGOS E APOSTAS ESPORTIVAS.
O MINISTRO DO STF, ANDRÉ MENDONÇA, CONCEDEU UM HABEAS CORPUS QUE A DESOBRIGAVA DE DEPOR NO COLEGIADO. REPÓRTER PEDRO PINCER:
A influenciadora Deolane Bezerra e o empresário Darwin Filho não compareceram à reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas desta terça-feira. Eles conseguiram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para não serem obrigados a depor na comissão. Recentemente, Deolane foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de apostas ilegais e lavagem de dinheiro. Na avaliação do presidente da CPI, senador Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, Deolane e Darwin estão envolvidos em irregularidades ligadas a apostas. Kajuru lamentou as ausências e disse não concordar com a decisão do ministro do STF, André Mendonça, que tornou facultativa a presença de ambos na CPI:
(sen. Jorge Kajuru) "A meu ver, em essência, elas constituem interferência política de um representante do Judiciário no poder Legislativo, em nada contribuindo para a normalidade institucional. O STF simplesmente está convidando, ou você pode roubar em aposta, pode fazer o que você quiser, vem aqui, que a gente te dá uma liminar, e você não comparece na CPI, pronto, acabou."
O senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro também reclamou. Para ele, o Supremo está violando prerrogativas parlamentares e impedindo o Senado de exercer uma de suas funções:
(sen. Carlos Portinho) "É lamentável a decisão do STF, infelizmente, do ministro André Mendonça, que eu muito admiro, mas que obstaculariza uma prerrogativa parlamentar que é nossa e que serve ao auxílio do Poder Judiciário, porque no final tudo que a gente está levantando aqui vai para o Ministério Público, porque é lá que, com o poder de Polícia que tem, serão feitas as investigações."
Para esta quarta-feira, estavam previstos os depoimentos do jogador Lucas Paquetá, suspeito de participar de manipulação de partidas na Inglaterra; e do seu tio, Bruno Toletino. Mas Paquetá deve falar apenas na primeira semana de dezembro e o tio tem um um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques que lhe garante o direito de ficar em silêncio. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.