Pesquisa do DataSenado traça perfil dos apostadores esportivos

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O ENDIVIDAMENTO E A DEPENDÊNCIA DOS BRASILEIROS EM APOSTAS ON-LINE ACENDERAM ALERTA NO GOVERNO FEDERAL E NO SENADO. UMA PESQUISA REVELA PERFIL MAJORITARIAMENTE MASCULINO, DE BAIXA RENDA E COM IDADE ENTRE 16 E 39 ANOS. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. Apostas esportivas, golpes digitais e endividamento dos brasileiros. Esses foram alguns dos temas de um levantamento divulgado pelo Instituto DataSenado. Segundo a Pesquisa Panorama Político, a maioria das pessoas que apostaram nos 30 dias antes de serem ouvidas pelo DataSenado gastaram até 500 reais. Os apostadores têm em sua maioria, 56%, entre 16 e 39 anos, 52% ganham até dois salários mínimos por mês e 62% são homens. Na Região Norte estão os estados com índices de apostas superiores à média nacional, que é de 12%. Roraima e Pará alcançaram 17% enquanto o Ceará, com 8%, é onde menos se aposta. E os cearenses também são os que menos tiveram perdas financeiras devido a golpes digitais – apenas 17% – seguidos pelos piauienses, com 1% a mais. O problema atinge 24% dos brasileiros. As apostas esportivas, conhecidas como bets, vêm sendo motivo de preocupação no país e já levaram o governo federal a anunciar a suspensão das atividades de 600 sites de apostas que não solicitaram autorização para operar no Brasil. A previsão é que a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, realize o bloqueio do acesso a essas páginas. Também estão no radar limitar as formas de pagamento para apostas on-line e não permitir que as bets recebam recursos do Bolsa Família. Os esforços para barrar o endividamento e a dependência dos brasileiros são ainda destaque no Senado. A ameaça representada pelo incentivo feito por famosos foi apontada pelo senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal. Izalci Lucas - Quando você pega grandes jogadores de futebol, artistas de televisão fazendo propaganda quase que 24 horas no ar, isso tem um impacto muito grande. Então têm vários projetos já tramitando aqui no sentido de inibir ou proibir até propagandas, diminuir realmente esse incentivo feito a todo momento pra gente poder amenizar essas questões que estão sendo passadas pra toda população, desde a criança, do jovem, do adolescente até as pessoas aposentadas também. A pesquisa do DataSenado traz dados importantes sobre o endividamento da população: 32% dos brasileiros têm dívidas em atraso há mais de 90 dias. O levantamento sobre os brasileiros está em sua vigésima primeira edição e é feito para indicar prioridades para a atuação parlamentar. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.