Senadora defende crédito para produtores rurais afetados por incêndios
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) defendeu a liberação de linhas de crédito para pecuaristas e agricultores que foram atingidos pelos incêndios. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os prejuízos com as queimadas registradas de junho a agosto somam R$ 14,7 bilhões. O levantamento se refere à produção de cana-de-açúcar e bovinos de corte, além da qualidade de solo. Tereza Cristina citou que as pastagens foram destruídas pelo fogo e que algumas culturas correm o risco de não serem plantadas nesse período, em razão da falta de chuvas.
Transcrição
SENADORA DEFENDE LIBERAÇÃO DE CRÉDITO PARA PECUARISTAS E PRODUTORES RURAIS QUE TIVERAM PREJUÍZOS COM OS INCÊNDIOS RECENTES.
A CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA ESTIMA UMA PERDA DE QUASE QUINZE BILHÕES DE REAIS COM A DESTRUIÇÃO DE ÁREAS DE PLANTIO E DE PASTAGENS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Os incêndios registrados em todo o país de junho a agosto deste ano provocaram um prejuízo de R$ 14,7 bilhões para a agropecuária nacional ao destruírem 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, as perdas se referem apenas à produção de cana-de-acúcar, bovinos de corte e qualidade do solo. O levantamento mostra que o segmento de pecuária e pastagem perdeu R$ 8,1 bilhões com as queimadas. As cercas das propriedades destruídas estão estimadas em R$ 2,8 bilhões. Já as perdas com os canaviais somam R$ 2,7 bilhões e com outras culturas temporárias e permanentes são de mais de R$ 1 bilhão. A senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, considera uma tragédia as queimadas para o setor. Ela defendeu a liberação de linhas de créditos para os pecuaristas atingidos pelo fogo.
Nesse momento, até que as chuvas voltem e que os passos rebrotem, ele precisa é de recursos para comprar suplementação para o seu rebanho. Nós precisamos também de crédito para recuperação dessas pastagens, para que ele possa voltar a ter pastagens de qualidade, já que a matéria orgânica toda foi queimada, e o pasto, o solo, sofre um empobrecimento.Então, políticas de apoio não só ao pecuarista, mas também políticas de apoio ao agricultor.
Além da pecuária, a ex-ministra da Agricultura também chamou a atenção para as conseqeências das queimadas no plantio de algumas culturas, como a do milho. Tereza Cristina explicou que os incêndios comprometem a qualidade do solo numa época de estiagem por falta de chuvas.
Com as chuvas que não chegam, nós vamos ter um estreitamento da janela de plantio de milho para o próximo ano. As queimadas, quando queimam a palha da terra do agricultor, você também diminui o nível de matéria orgânica, você empobrece o solo, você deixa aquela terra mais vulnerável para o próximo plantio. Para que tenha mais tempo, quando você tem uma seca acentuada depois do plantio, quando você tem matéria orgânica, você mantém a planta em melhores condições por mais tempo.
Antes mesmo das queimadas, a Confederação da Agricultura e Pecuária já tinha avisado ao governo federal que já não era suficiente o valor destinado para o Plano Safra 2024/2025. O Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro) em fase de liberação conta com R$ 6,5 bilhões. Da Rádio Senado, Hérica Christian.