DataSenado revela que 57% dos eleitores não se consideram nem de "esquerda" nem de "direita" — Rádio Senado
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DataSenado revela que 57% dos eleitores não se consideram nem de "esquerda" nem de "direita"

Uma pesquisa do Instituto DataSenado revelou o perfil do eleitor brasileiro. Enquanto 40% não se consideram nem de direita nem de esquerda, 11% se enquadram como centro e outros 6% preferiram não responder, totalizando 57% de pessoas fora da polarização. Para a diretora da Secretaria de Transparência do Senado, Elga Lopes, os dados sinalizam que a polarização pode não ter papel determinante nas eleições municipais.

27/09/2024, 15h19 - ATUALIZADO EM 27/09/2024, 18h12
Duração de áudio: 02:42
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Transcrição
UMA PESQUISA DO DATA SENADO REVELA QUE 57 POR CENTO DOS BRASILEIROS NÃO SE CONSIDERA DE DIREITA OU DE ESQUERDA. OS DADOS SINALIZAM QUE A POLARIZAÇÃO PODE NÃO SER O FATOR QUE VAI DEFINIR AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. 57% dos entrevistados na pesquisa do Instituto DataSenado sobre o perfil do eleitor brasileiro revelaram que não se consideram nem de esquerda nem de direita. Enquanto 40% afirmaram não se enquadrar em nenhum espectro político, uma parcela de 11% se declarou de centro e 6% preferiram não responder. Para a diretora da Secretaria de Transparência do Senado, Elga Lopes, os dados sinalizam que a polarização talvez não tenha um papel tão definidor nas eleições municipais como ocorreu na disputa pelo Palácio do Planalto.  Nessa eleição municipal, não é a coloração política o tema mais importante no cérebro do brasileiro. Para o eleitor, esse ano, conta os problemas do município, a capacidade dos candidatos de apresentar solução e a capacidade gerencial. A pesquisa também mostra que eleitores com maior renda tendem a ser menos neutros, mas mais de centro. Segundo o DataSenado, o nível de escolaridade interferiu nas respostas e a neutralidade é mais comum entre os menos escolarizados, chegando a 45% entre os que possuem ensino fundamental incompleto. Há ainda, impacto religioso na escolha política. Os eleitores evangélicos têm maior inclinação à direita, com 35% dos ouvidos, uma diferença de sete pontos percentuais em relação aos católicos. O levantamento revela ainda uma diferença marcante de gênero. 34% dos homens são mais propensos a votar na direita enquando as mulheres somam 24%.  A pesquisa abordou, ainda, a confiança da população nas urnas eletrônicas. 86% dos de esquerda confiam no resultado, enquanto dois terços de direita disseram que têm dúvidas, como explicou José Henrique Varanda, do Instituto DataSenado. Talvez seja uma grande diferenciação de discurso e um desafio para nosso sistema eleitoral, porque afinal essa é uma crença que é importante, basilar, para apoiar a democracia, o pleito, o resultado e tudo que se desdobra depois disso. Ainda segundo o DataSenado, 29% dos entrevistados se consideram de direita e 15% de esquerda. Os estados com maior posicionamento político de direita são Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia. Enquanto os de esquerda são a Bahia, Ceará e Pernambuco. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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