27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos — Rádio Senado
Saúde

27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos

Com o Dia Nacional de Doação de Órgãos, o Brasil reforça a importância de conscientizar a população sobre a doação. Mesmo com o aumento no número de transplantes, o país ainda enfrenta desafios em aumentar o número de doadores. No ano passado, o Senado aprovou a Política Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos (Lei 14.722/2023), buscando fortalecer o sistema de transplantes e estimular a adesão de mais doadores.

26/09/2024, 17h46 - ATUALIZADO EM 26/09/2024, 17h46
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Transcrição
NESTE DIA 27, O BRASIL CELEBRA O DIA NACIONAL DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS. A DATA É UM MARCO PARA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSE ATO DE SOLIDARIEDADE QUE  SALVA VIDAS.  CRIADA EM 2007, A LEI QUE INSTITUI O DIA TEM AJUDADO A AMPLIAR O DEBATE SOBRE A DOAÇÃO E O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO PAÍS. O Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos do mundo. Quase 90% dos transplantes são feitos pelo SUS, Sistema Único de Saúde, sem nenhum custo para o paciente.  Apesar de ser o país que mais faz transplantes no mundo, o número de doadores ainda é baixo. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o Brasil ocupa o vigésimo sexto lugar no ranking mundial na quantidade de doadores a cada 1 milhão de pessoas. O Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, foi criado para conscientizar a população sobre o assunto. A data foi instituída a partir da sanção da lei, em 2007. No ano passado, o Senado aprovou o projeto de lei que originou a Política Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. A medida visa ampliar o sistema nacional de transplante, além de contribuir para o aumento do número de doadores no país. O relator da proposta, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que é médico, destacou a relevância dessa política para a ampliar a conscientização e preservar a dignidade humana. (sen. Humberto Costa) “Vários setores da comunidade têm se posicionado favoravelmente a doação de órgãos e tecidos de modo a ampliar a consciência social em prol da doação, sem qualquer possibilidade de comercialização. Esse fio lógico existente no projeto de lei, ora em análise, respeita a vontade do constituinte originário e mantém o fundamento da dignidade da pessoa humana e da construção de uma sociedade justa e solidária”. Daniel Sousa Lopez, que recebeu um transplante de córnea em 2011, reforça a importância de ampliar a divulgação sobre o tema. Para ele, a doação de órgãos não só salva vidas, mas transforma a qualidade de vida de quem recebe o órgão. (Daniel Sousa Lopez) “A prática de doação de órgãos é bastante importante. Ela pode salvar vidas, pode melhorar a qualidade de vida de outras pessoas, como foi o meu caso, todos deveriam adotar. Inclusive os familiares. Às vezes fica aquele tabu de entregar alguma coisa para outra pessoa, aquela sensação de que você está entregando alguma coisa sua, alguma parte sua para outra pessoa”. De acordo com o Ministério da Saúde, no primeiro semestre deste ano, mais de 14 mil transplantes foram realizados, mas apesar disso, a lista de espera ainda é longa: mais de 44 mil pessoas aguardam por um órgão. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Paulo Barreira.

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