Comissão de Agricultura discute cajucultura no Brasil
Os desafios da cajucultura e as novas perspectivas do setor foram temas de uma audiência pública na Comissão de Agricultura nesta segunda-feira (2). Em 2022, o Brasil produziu mais de 147 toneladas de castanha de caju, porém, o potencial da cajucultura no país ainda não é totalmente aproveitado. Para os especialistas ouvidos na audiência, a implantação de novos hábitos de plantio e o fomento à competitividade são pilares importantes para o aumento da produção de caju no Brasil.
Transcrição
O BRASIL É UM DOS MAIORES PRODUTORES DE CAJU DO MUNDO, MAS AINDA TEM MUITO POTENCIAL A SER EXPLORADO.
ESPECIALISTAS ESTIVERAM NO SENADO NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA UM DEBATE SOBRE AS PERSPECTIVAS DA CAJUCULTURA NO PAÍS. REPÓRTER MARINA DANTAS:
Em 2022, a produção de castanha de caju no Brasil ultrapassou as 147 toneladas. Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte respondem por 95% da produção nacional.
A Comissão de Agricultura debateu, nesta segunda-feira, os desafios e as novas perspectivas da cajucultura no país.
O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Adolfo Saavedra Pinto, afirmou que a produção brasileira de caju pode ganhar impulso com a especialização dos produtores e a adoção de práticas já disponíveis, mas ainda não aplicadas por aqui:
(Gustavo Adolfo Saavedra Pinto): "Quais são os caminhos? Tecnologia clonal, a adoção da práticas de manejo, controle de pragas e doenças, a mecanização do cultivo, adoção de práticas no pós-colheita de castanhas, e isso não é feito ainda, o aproveitamento integral da produção mas, sobretudo, um treinamento intensivo dos produtores."
Na opinião da secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo Alves, a gestão dos fundos de desenvolvimento, o fomento à competitividade, a estruturação de cadeias produtivas e hídricas são importantes para o avanço da produção nacional:
(Adriana Melo Alves): “O Ministério tem um importante papel na irrigação, não apenas na irrigação pública, mas também no fomento ao setor privado. É preciso a gente modernizar as nossas estruturas e os nossos projetos de irrigação com modelagem mais atuais e garantir também o envolvimento e a sinergia entre a grande produção, a média produção e a pequena produção atuando junto.”
E, no plenário do Senado, também nesta segunda-feira, uma sessão especial lembrou a história da Companhia Industrial de Óleos do Nordeste, empresa mais antiga do Brasil na produção e exportação de castanha de caju; por meio de uma homenagem ao seu fundador, Jaime Tomaz de Aquino. O empresário morreu em 2015, aos 91 anos.
O debate e a sessão foram feitos a pedido do senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.