Senadores debatem políticas públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão — Rádio Senado
Plenário

Senadores debatem políticas públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão

O aumento do uso de cigarros eletrônicos no país dominou o debate no Plenário do Senado sobre as políticas públicas de prevenção e tratamento para o câncer de pulmão. O senador Dr. Hiran (PP-RR), autor do requerimento, defendeu campanhas de conscientização sobre os perigos do uso dos vapes. O Senado debate um projeto de regulamentação desses produtos (PL 5008/2023). O texto está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos.

13/08/2024, 20h27 - ATUALIZADO EM 13/08/2024, 20h28
Duração de áudio: 02:03
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
UMA SESSÃO TEMÁTICA DO SENADO DISCUTIU, NESTA TERÇA-FEIRA, A IMPORTÂNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO. OS IMPACTOS DO USO DE CIGARROS ELETRÔNICOS SOBRE A SAÚDE TIVERAM DESTAQUE NA FALA DOS ESPECIALISTAS. O REPÓRTER PAULO BARREIRA TEM OS DETALHES: O plenário do Senado debateu, nesta terça-feira, as políticas de prevenção e tratamento do câncer de pulmão no Brasil. O debate acontece no contexto da discussão, pelos senadores, de uma proposta de regulamentação dos cigarros eletrônicos no país. O texto, em análise na Comissão de Assuntos Econômicos, encontra resistência de profissionais de saúde. Médicos e especialistas presentes na sessão de debates alertaram para os riscos associados aos “vapes”, populares entre os jovens apesar de sua venda ser proibida por aqui. A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Margareth Dalcolmo, criticou o argumento de que a liberação seria benéfica para a arrecadação de impostos: Margareth Dalcolmo (Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) "Não é possível se arrecadar impostos sobre vidas humanas de pessoas tão jovens como nossas crianças e adolescentes. Os próprios países que liberaram esses dispositivos, seguramente, voltarão atrás, porque ninguém que entra no cigarro eletrônico para facilmente de fumá-lo, dado a possibilidade de adição muito rápida e muito intensa." Apesar de contrário ao tabagismo, o senador Doutor Hiran, do Progressistas de Roraima, ponderou que proibir a venda de cigarros eletrônicos pode não ser a melhor alternativa. O parlamentar opina que campanhas de conscientização como as que ocorreram nos anos 80 com os cigarros convencionais poderiam ser um melhor caminho: (sen. Dr. Hiran) "A maioria das pessoas não sabe nem que é proibido. É proibido importar, é proibido vender, é proibido tudo. E todo mundo usa. Ninguém sabe a concentração de nicotina, que é extremamente nociva, é extremamente viciante. Eu acho que a gente precisa realmente conscientizar as pessoas, que isso é muito nocivo à saúde. Fazer política pública de conscientização." Um estudo recente da Fundação do Câncer estima que os casos de câncer de pulmão no Brasil devem aumentar em 65% até 2040, com o tabagismo sendo a principal causa de mortes pela doença, com mais de 440 óbitos diários. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Paulo Barreira.

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