Senadores lamentam morte do ex-ministro Delfim Netto, aos 96 anos — Rádio Senado
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Senadores lamentam morte do ex-ministro Delfim Netto, aos 96 anos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e outros senadores manifestaram pesar pela morte do economista, ex-ministro e ex-deputado Antônio Delfim Netto, nesta segunda-feira (12). Delfim, que tinha 96 anos, estava internado desde o início do mês em São Paulo. Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante sete anos no período da ditadura militar (1967-1974), nos governos de Artur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici.

12/08/2024, 17h51 - ATUALIZADO EM 12/08/2024, 17h51
Duração de áudio: 02:57
Foto: Salu Parente/Câmara dos Deputados

Transcrição
SENADORES LAMENTARAM A MORTE DO EX-MINISTRO DELFIM NETTO, NESTA SEGUNDA-FEIRA, AOS NOVENTA E SEIS ANOS. DELFIM TEVE PAPEL NA HISTÓRIA DO PAÍS DESDE 1967, TENDO ATUADO TANTO DURANTE A DITADURA QUANTO NO REGIME DEMOCRÁTICO. REPÓRTER PEDRO PINCER: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e outros senadores manifestaram pesar pela morte do economista, ex-ministro e ex-deputado Antônio Delfim Netto, nesta segunda-feira. Delfim, que tinha 96 anos, estava internado desde o início do mês em São Paulo. A causa da morte não foi informada. Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante 7 anos durante o período da ditadura militar (1967-1974), nos governos de Artur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Em 1968, foi um dos signatários do Ato Institucional número 5, que suprimiu direitos e aumentou a repressão no país. Após um período como embaixador do Brasil na França, voltou ao governo sob João Figueiredo, primeiro como ministro da Agricultura e depois como ministro da Secretaria de Planejamento (1979-1985), ligada ao Ministério da Fazenda. Ele também foi deputado federal por 5 mandatos (1987-2006), tendo participado da Assembleia Constituinte. Rodrigo Pacheco classificou Delfim Netto como um profundo conhecedor das ciências econômicas, ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967, quando se tornou, aos 38 anos, o mais jovem ministro do país. O senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, lembrou que conviveu várias décadas com Delfim e destacou a inteligência e a capacidade de diálogo do ex-ministro: (sen. Esperidião Amin) "Então, eu acho que o mais importante do que a própria inteligência, do que a própria cultura, é, especialmente para a democracia, a capacidade de diálogo, a tolerância em relação ao que pensa o seu oponente. Delfim Netto é um legado impressionante da história política, da história da economia e da própria sociedade brasileira." O senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, disse que era possível divergir de Delfim, mas que não há como não reconhecê-lo com uma figura central da economia nacional nos últimos cinquenta anos: (sen. Randolfe Rodrigues) "Delfim teve papel central, com suas teses, com seu papel intelectual e na sua atuação no Ministério da Fazenda e no Ministério do Planejamento. É para o Brasil, sem dúvida, a perda de um dos grandes nomes que o país teve no século XX." Senadores como Tereza Cristina, do Progressistas de Mato Grosso do Sul, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, e Jaques Wagner, do PT da Bahia, também lamentaram, pelas redes sociais, a morte de Delfim, que deixa uma filha e um neto. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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