Embrapa apresenta plano para recuperar agricultura do RS
O papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, na recuperação dos setores agrícola e pecuário no Rio Grande do Sul foi debatido nesta segunda-feira (15) na Comissão Temporária Externa do Senado que acompanha o enfrentamento da calamidade provocada pelas chuvas. Os participantes da audiência pública ressaltaram a necessidade de planejamento estratégico e esforço integrado para a retomada plena da atividade, que deve exigir tempo e investimentos.
Transcrição
A EMBRAPA APRESENTOU UM PLANO PARA RECUPERAR A AGRICULTURA DO RIO GRANDE DO SUL.
O TEMA FOI DISCUTIDO NA COMISSÃO TEMPORÁRIA DO SENADO SOBRE A SITUAÇÃO DO ESTADO. REPÓRTER PEDRO PINCER.
A Comissão Temporária Externa do Senado que acompanha o enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul discutiu o papel da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - na recuperação dos setores agrícola e pecuário do estado. Os participantes da audiência pública ressaltaram a necessidade de planejamento estratégico e esforço integrado para a retomada plena da atividade, que deve exigir tempo e investimentos. O senador Hamilton Mourão, do Republicanos gaúcho, destacou a necessidade de soluções rápidas para mitigar os impactos econômicos e ambientais na região. Ele avalia que a atuação da Embrapa precisa ser complementada e reforçada por ações conjuntas do governo e da sociedade civil.
Secas prolongadas, enchentes devastadoras e temperaturas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes, afetando não só o meio ambiente, mas também a economia e a vida das pessoas. Nesse contexto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária tem um papel crucial na busca por soluções que possam mitigar os impactos dessas mudanças e nos ajudar a debelar a crise climática.
O presidente em exercício da Embrapa, Clênio Pillon, afirmou que a empresa já está atuando. Após as primeiras cheias, a Embrapa socorreu os atingidos e atendeu as necessidades mais urgentes. Agora, os técnicos mapeiam o tamanho dos danos e os impactos para sugerir soluções para a recuperação dos sistemas agroalimentares, florestais e das paisagens rurais do estado. A Embrapa também vai elaborar projetos de pesquisa em áreas essenciais para a mitigação de efeitos de eventos extremos similares na região. Clênio Pillon chamou a atenção, no entanto, para a demora na recuperação do estado.
Primeiro que não há dúvida nenhuma de que essa climatidade trouxe um impacto muito forte para a economia do Estado, que não se resumirá somente esse ano agrícola. Nós teremos aí um impacto, possivelmente, para vários anos subsequentes. O Rio Grande do Sul representa 6% do PIB nacional, portanto, é um Estado cuja base da economia vem do agro, mais de 40% do PIB do Estado do Rio Grande do Sul têm assento nas atividades agropecuárias e florestais.
Já o representante da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Paulo Roberto da Silva, defendeu a capacitação do setor produtivo, além da atuação conjunta dos governos federal, estadual e municipais na elaboração de um planejamento estratégico com todos os atores do setor agrícola. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.