Está em vigor plano para reduzir impactos das mudanças climáticas — Rádio Senado

Está em vigor plano para reduzir impactos das mudanças climáticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o plano nacional para reduzir os impactos das mudanças climáticas (Lei 14.904/2024). Durante a discussão no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE) ressaltou que a proposta pode evitar prejuízos ambientais, como os ocorridos recentemente no Rio Grande do Sul. Já Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que o tema deveria ser aprofundado em outro projeto. De acordo com a lei, o plano será monitorado pelo Poder Público e avaliado a cada 4 anos.

01/07/2024, 14h04 - ATUALIZADO EM 01/07/2024, 14h05
Duração de áudio: 02:15
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Transcrição
FOI SANCIONADA A PROPOSTA QUE CRIA ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS. A NORMA PREVÊ A ELABORAÇÃO DE UM PLANO QUE REDUZA A VULNERABILIDADE DAS CIDADES EM CASOS DE CHUVAS OU DE SECA. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. O presidente Lula transformou em lei o projeto que estabelece um plano nacional para reduzir os impactos das mudanças climáticas. O tema ganhou destaque no Congresso Nacional em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. De acordo com a norma, a elaboração do plano é de responsabilidade de todos os entes federativos, que deverão se articular para diminuir a vulnerabilidade dos sistemas rurais e urbanos aos efeitos adversos do clima. A lei garante a participação social dos mais vulneráveis e representantes do setor privado. O relator na Comissão de Meio Ambiente do Senado, Alessandro Vieira, do MDB sergipano, destacou que a proposta pode evitar prejuízos ambientais. "Aqueles que ainda persistem na ignorância com relação às mudanças climáticas efetivamente deveriam buscar um auxílio médico porque não há como confrontar mais. É fundamental que o Poder Público se articule para planejar adequadamente suas políticas públicas com foco na adaptação à nova realidade, de modo a evitar o máximo possível os prejuízos ambientais, econômicos e sociais que se avizinham. Assim, esses planos serão instrumentos de maior importância." As estratégias dos planos serão focadas em áreas de infraestrutura urbana, segurança alimentar, hídrica e energética, entre outras. A fiscalização das metas será feita pelo Poder Público, que serão avaliadas a cada quatro anos. Para financiar a política pública, serão utilizados os recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. O tema não saiu pacificado no Senado. Durante a discussão no Plenário, Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, afirmou que a lei não terá efeitos práticos. "A discussão sobre mudança climática ou adaptação das cidades para conviver com essas mudanças não dá nem para discutir nesse projeto, acredito eu. Respeitosamente, eu acho que não vai ter o efeito prático que alguns estão esperando. A discussão mais profunda sobre as questões concretas que nos podemos fazer pode ficar na discussão de um outro projeto que aprofunde mais o tema." A lei sancionada teve origem numa proposta apresentada em 2021 pelo deputada federal Tabata Amaral, do PSB de São Paulo. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.

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