Comissão aprova três novos embaixadores do Brasil
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (25), por unanimidade, três indicações de embaixadores do Brasil. Carlos José Areias Moreno Garcete foi sabatinado para assumir o posto na Nigéria. Já Mariana Gonçalves Madeira foi indicada para o cargo de embaxaidora em Gana e também representar o Brasil em Serra Leoa e Libéria. Por fim, Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes foi aprovado para assumir a embaixada brasileira na Dinamarca, acumulando com a representação do Brasil na Lituânia. As indicações seguem para votação no Plenário do Senado.
Transcrição
FORAM APROVADOS POR UNANIMIDADE TRÊS NOVOS EMBAIXADORES DO BRASIL PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES.
GANA, NIGÉRIA E DINAMARCA TERÃO NOVOS REPRESENTANTES, QUE TAMBÉM VÃO ACUMULAR POSTOS EM SERRA LEOA, NA LIBÉRIA E NA LITUÂNIA.
OS NOMES AINDA PRECISAM DE DECISÃO FINAL DO PLENÁRIO.
A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES
A Comissão de Relações Exteriores aprovou nesta quinta-feira três indicações da Presidência da República para a chefia das embaixadas de Gana, Nigéria e Dinamarca. Os nomes ainda precisam ser confirmados pelo Plenário. Durante a sabatina na CRE, Mariana Gonçalves Madeira, indicada para embaixadora em Gana, acumulando com a representação em Serra Leoa e na Libéria, falou sobre as áreas que em pretende focar o trabalho diplomático. Mariana defendeu concentrar a atuação brasileira em políticas de combate à fome e a pobreza; estímulo a indústrias criativas; alinhamento de interesses sobre a produção de cacau, um dos principais produtos de exportação de Gana, e casos de sucesso do chocolate brasileiro; e a construção de um acelerador de partículas. O senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, defendeu que o acelerador de partículas brasileiro foi formulado em grande parte com tecnologia nacional, e é capaz de agilizar a produção de vacinas e remédios.
O Sirius, nosso acelerador de partículas, é de geração 4 - só existem três iguais a ele no planeta - e foi desenvolvido com 86% de tecnologia nacional; ou seja, a gente tem todas as condições de ajudar. E quero lembrar aqui também uma encomenda que eu fiz, como Ministro, de um laboratório de nível de biossegurança 4, que é o nível máximo, e vai ser o primeiro do planeta acoplado com o acelerador de partículas o que vai reduzir pela metade o tempo de desenvolvimento de vacinas e remédios.
Já o diplomata Carlos José Areias Moreno Garcete foi indicado para comandar a embaixada na Nigéria, que é atualmente a maior economia africana. Ele garantiu que o principal objetivo da nova gestão será a aumentar o intercâmbio comercial. A Nigéria restringe a importação de itens como carnes bovinas, suínas e de aves, além de instituir tarifas de importação muito elevadas, com alíquotas que chegam a 110%, e representam para o Brasil a perda de um grande mercado. O relator, senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, pediu que a Embaixada da Nigéria também se debruce sobre a limitada conectividade aérea nigeriana, o que dificulta a promoção de destinos turísticos brasileiros no país mais populoso da África. Já Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes é o indicado para assumir a embaixada na Dinamarca, em posto cumulativo com a República da Lituânia. Ele lembrou que a relação entre Brasil e Dinamarca se baseia, principalmente, em investimentos em saúde e produtos farmacêuticos. Gorgulho também reforçou que irá acompanhar os investimentos no Fundo Amazônia, a maior transferência de recursos do mundo, entre países, para preservação de florestas. No ano passado, a Dinamarca anunciou uma doação de mais de 100 milhões de reais para financiar projetos de redução do desmatamento e proteção da biodiversidade. E destacou que a oportunidade de Belém sediar a COP 30, em 2025, poderá abrir novas oportunidades de investimento em projetos de sustentabilidade.
Quanto à COP 30, a Dinamarca tem tido um papel tradicional e muito importante nas discussões e um papel importante no período interseccional também, ao sediar reuniões de ministros que preparam a conferência. A embaixada poderá aproveitar a exposição trazida pela reunião de Belém para melhor difundir a realidade brasileira junto aos dinamarqueses e, em particular, oportunidades de investimento. Vamos acompanhar também a participação dinamarquesa no Fundo Amazônia e estimular que a confiança externada por essa contribuição possa se replicar em outros projetos de sustentabilidade.
Ele também se comprometeu aampliar o diálogo com os museus dinamarqueses. No ano passado, o Museu Nacional da Dinamarca anunciou a doação para o Museu Nacional do Rio de Janeiro de um manto tupinambá do século 17, que estava em seu acervo. A peça é considerada extremamente rara e só existem outros dez exemplares no mundo. Da Rádio Senado, Marcella Cunha