Comissão aprova três novos embaixadores do Brasil — Rádio Senado
Relações Exteriores

Comissão aprova três novos embaixadores do Brasil

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (25), por unanimidade, três indicações de embaixadores do Brasil. Carlos José Areias Moreno Garcete foi sabatinado para assumir o posto na Nigéria. Já Mariana Gonçalves Madeira foi indicada para o cargo de embaxaidora em Gana e também representar o Brasil em Serra Leoa e Libéria. Por fim, Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes foi aprovado para assumir a embaixada brasileira na Dinamarca, acumulando com a representação do Brasil na Lituânia. As indicações seguem para votação no Plenário do Senado.

25/04/2024, 15h06 - ATUALIZADO EM 25/04/2024, 15h07
Duração de áudio: 04:08
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
FORAM APROVADOS POR UNANIMIDADE TRÊS NOVOS EMBAIXADORES DO BRASIL PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. GANA, NIGÉRIA E DINAMARCA TERÃO NOVOS REPRESENTANTES, QUE TAMBÉM VÃO ACUMULAR POSTOS EM SERRA LEOA, NA LIBÉRIA E NA LITUÂNIA. OS NOMES AINDA PRECISAM DE DECISÃO FINAL DO PLENÁRIO. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES   A Comissão de Relações Exteriores aprovou  nesta quinta-feira três indicações da Presidência da República para a chefia das embaixadas de  Gana, Nigéria e Dinamarca. Os nomes ainda precisam ser confirmados pelo Plenário. Durante a sabatina na CRE, Mariana Gonçalves Madeira, indicada para embaixadora em Gana, acumulando com a representação em Serra Leoa e na Libéria, falou sobre as áreas que em pretende focar o trabalho diplomático. Mariana defendeu concentrar a atuação brasileira em políticas de combate à fome e a pobreza; estímulo a indústrias criativas; alinhamento de interesses sobre a produção de cacau, um dos principais produtos de exportação de Gana, e casos de sucesso do chocolate brasileiro; e a construção de um acelerador de partículas. O senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, defendeu que o acelerador de partículas brasileiro foi formulado em grande parte com tecnologia nacional, e é capaz de agilizar a produção de vacinas e remédios. O Sirius, nosso acelerador de partículas, é de geração 4 - só existem três iguais a ele no planeta - e foi desenvolvido com 86% de tecnologia nacional; ou seja, a gente tem todas as condições de ajudar. E quero lembrar aqui também uma encomenda que eu fiz, como Ministro, de um laboratório de nível de biossegurança 4, que é o nível máximo, e vai ser o primeiro do planeta acoplado com o acelerador de partículas o que vai reduzir pela metade o tempo de desenvolvimento de vacinas e remédios. Já o diplomata Carlos José Areias Moreno Garcete foi indicado para comandar a embaixada na Nigéria, que é atualmente a maior economia africana. Ele garantiu que o principal objetivo da nova gestão será a aumentar o intercâmbio comercial. A Nigéria restringe a importação de itens como carnes bovinas, suínas e de aves, além de instituir tarifas de importação muito elevadas, com alíquotas que chegam a 110%, e representam para o Brasil a perda de um grande mercado. O relator, senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, pediu que a Embaixada da Nigéria também se debruce sobre a limitada conectividade aérea nigeriana, o que dificulta a promoção de destinos turísticos brasileiros no país mais populoso da África. Já Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes é o indicado para assumir a embaixada na Dinamarca, em posto cumulativo com a República da Lituânia. Ele lembrou que a relação entre Brasil e Dinamarca se baseia, principalmente, em investimentos em saúde e produtos farmacêuticos. Gorgulho também reforçou que irá acompanhar os investimentos no Fundo Amazônia, a maior transferência de recursos do mundo, entre países, para preservação de florestas. No ano passado, a Dinamarca anunciou uma doação de mais de 100 milhões de reais para financiar projetos de redução do desmatamento e proteção da biodiversidade. E destacou que a oportunidade de Belém sediar a COP 30, em 2025, poderá abrir novas oportunidades de investimento em projetos de sustentabilidade. Quanto à COP 30, a Dinamarca tem tido um papel tradicional e muito importante nas discussões e um papel importante no período interseccional também, ao sediar reuniões de ministros que preparam a conferência. A embaixada poderá aproveitar a exposição trazida pela reunião de Belém para melhor difundir a realidade brasileira junto aos dinamarqueses e, em particular, oportunidades de investimento. Vamos acompanhar também a participação dinamarquesa no Fundo Amazônia e estimular que a confiança externada por essa contribuição possa se replicar em outros projetos de sustentabilidade.    Ele também se comprometeu aampliar o diálogo com os museus dinamarqueses. No ano passado,  o Museu Nacional da Dinamarca anunciou a doação para o Museu Nacional do Rio de Janeiro de um manto tupinambá do século 17, que estava em seu acervo. A peça é considerada extremamente rara e só existem outros dez exemplares no mundo. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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