Plano de trabalho da CPI da Braskem será apresentado nesta terça-feira — Rádio Senado
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Plano de trabalho da CPI da Braskem será apresentado nesta terça-feira

O relator da CPI da Braskem, senador Rogério de Carvalho (PT-SE), deverá apresentar o plano de trabalho nesta terça-feira. Segundo ele, as investigações vão focar nas causas dos danos ambientais provocados pela extração de sal-gema pela petroquímica em Maceió. Ele vai sugerir os nomes dos primeiros convocados para saber sobre a atuação do poder público quando do recebimento das denúncias e as providências adotadas ou não pela Braskem por ocasião dos primeiros alertas. Rogério Carvalho afirmou que a CPI vai atuar também para garantir as devidas reparações aos proprietários de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros já interditados por razões de segurança.

26/02/2024, 12h35 - ATUALIZADO EM 26/02/2024, 14h40
Duração de áudio: 02:44
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
RELATOR DA CPI DA BRASKEM, QUE INVESTIGA DANOS AMBIENTAIS EM MACEIÓ, APRESENTA O PLANO DE TRABALHO NESTA TERÇA-FEIRA. A COMISSÃO VAI APURAR AS RESPONSABILIDADES DA PETROQUÍMICA ASSIM COMO BRIGAR PELAS COMPENSAÇÕES AOS MAIS DE 14 MIL PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS INTERDIDADOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O relator da CPI da Braskem, senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, deverá apresentar o plano de trabalho nesta terça-feira. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada por uma iniciativa do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, para investigar os danos ambientais provocados pela extração de sal-gema pela petroquímica em Maceió. Rogério Carvalho vai sugerir os nomes dos primeiros convocados, que deverão detalhar quando ocorreram os primeiros alertas sobre os tremores de terra e as rachaduras. Ele também quer saber sobre a atuação do poder público quando do recebimento das denúncias e as providências adotadas ou não pela Braskem.  Esse plano de trabalho tem que dar conta dos eventos que geraram essa condição. A gente precisa saber exatamente qual é a extensão do problema, quais são as consequências futuras que este problema, que hoje está sendo noticiado e que é conhecido de todos, qual é a extensão futura disso. Quais são os desdobramentos futuros, quais são as responsabilidades e quem são os responsáveis por deixar chegar a esta condição.  Pelo menos 14 mil imóveis foram desocupados em cinco bairros da capital alagoana afetados por um projeto de extração em 2018. Mais de 40 mil pessoas tiveram que abandonar suas residências pelos riscos estruturais com o afundamento do solo, que abriu rachaduras em ruas, prédios e casas. Renan Calheiros apontou que muitas famílias não foram indenizadas corretamente e que outras em bairros ainda não condenados pela Defesa Civil sequer estão na lista de repação. Rogério Carvalho ressaltou, no entanto, que a CPI vai analisar os acordos já feitos para garantir a devida reparação.  Ao final, a CPI tem que apontar o que que a gente pode fazer para reduzir o dano em relação às famílias, às pessoas, em relação ao espaço urbano, à cidade e ao erário público. Como é que a gente pode garantir que haja os reparos. Agora, a gente precisa fazer as compensações, responsabilizar quem tiver responsabilidade com essa tragédia, que é ambiental, social, urbana. Rogério Carvalho antecipou que vai seguir a cronologia dos fatos, que inclui os primeiros relatos de rachaduras nos imóveis localizados próximos às minas de extração de sal-gema em 2010, o agravamento da situação de diversos bairros em 2018, até o colapso de minas e o afundamento de bairros no ano passado. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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