Comissão debate investigações contra Prevent Senior apuradas pela CPI da Pandemia

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EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS ANALISOU DENÚNCIAS DA CPI DA PANDEMIA SOBRE ATUAÇÃO DA PREVENT SENIOR.  APÓS A AÇÃO CIVIL PÚBLICA  CONTRA A OPERADORA DE SAÚDE, AS VÍTIMAS COBRAM AÇÃO PENAL. REPÓRTER BIANCA MINGOTE.  A Comissão de Assuntos Sociais debateu, na primeira reunião do colegiado de 2024, o andamento da apuração das denúncias encaminhadas pela CPI da Pandemia da Covid-19 sobre os procedimentos adotados pela Prevent Senior. Durante dois anos, procuradores e promotores do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado de São Paulo ouviram profissionais de saúde, pacientes e familiares de usuários da operadora de saúde Prevent Senior. O grupo reuniu cerca de 37 mil documentos, entre eles os levantados pela CPI da Pandemia do Senado, com denúncias relacionadas à atuação e procedimentos adotados pela Prevent Senior durante a pandemia. No dia 5 de fevereiro, os três ministérios públicos que levantaram as denúncias, tanto com dados da CPI quanto com oitivas de mais testemunhas no  Ministério Público do Trabalho,  ajuizaram ação civil pública contra a operadora de saúde, cobrando uma indenização de R$ 940 milhões por dano moral coletivo. Lorena Vasconcelos Porto, procuradora do Ministério Público do Trabalho, informou que a ação foi ajuizada em face de seis empresas do grupo econômico Prevent Senior e também de seus quatro sócios administradores. A procuradora destacou ainda algumas dos procedimentos irregulares da operadora de saúde: As irregularidades trabalhistas eram relacionadas ao assédio moral, ou seja, que médicos e se apurou também que outros profissionais de saúde estavam sendo coagidos a adotar condutas contrárias à ética profissional, no caso dos médicos prescrever o chamado Kit Covid, composto por medicamentos sem eficácia científica comprovada, aos pacientes da Prevent Senior, não apenas aos beneficiários do plano de saúde, mas também apuramos que aos próprios funcionários, trabalhadores que acometidos de Covid foram atendidos nos hospitais da Prevent Senior. Murillo César Muniz, procurador do Ministério Público do Trabalho, apresentou alguns dados. Segundo ele, cerca de 3,6 mil profissionais trabalharam infectados nos 14 dias após a confirmação da infecção pelo vírus. O procurador destacou o papel da imprensa e da CPI da Covid para a confirmação de todas as denúncias. A CPI e a imprensa tiveram um papel muito importante como conto de partida para as investigações. A apuração foi muito técnica, cuidadosa e com responsabilidade. A partir de dados concretos, a gente conseguiu confirmar todas as denúncias por meio de prova também digital, através de conversas de WhatsApp, diversos grupos da própria empresa. Luiz Cezar Oliveira Pereira perdeu a mãe, Sueli Oliveira Pereira, de 70 anos, em agosto de 2021. Ele contou que a mãe recebeu tratamentos que não eram indicados aos infectados pela Covid-19. O que ouvi dos médicos foram informações contraditórias e, a cada hora, eles surgiam com um novo medicamento, como se ela estivesse sendo usada como um experimento, uma cobaia para testes, simplesmente testes para ver as reações. Não era tratamento. No hospital, minha mãe tomava remédios que não deveriam ter sido ministrados aos doentes da Covid-19. A comissão deve promover uma segunda audiência para ouvir representantes dos conselhos na área médica e da Prevent Senior. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Bianca Mingote.