Dorina Nowill tem nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
A lei 14.796/2024, sancionada no último dia 8, inclui o nome de Dorina Nowill no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Dorina morreu aos 91 anos em 2010 e teve a jornada marcada por sua luta pela inclusão social e pela acessibilidade das pessoas cegas.
Transcrição
SÍMBOLO DA LUTA PELA INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL, A EDUCADORA DORINA NOWILL TERÁ SEU NOME INSCRITO NO LIVRO DE HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA.
A PROPOSTA DE HOMENAGEM FOI APROVADA NO CONGRESSO EM 2023 E VIROU LEI RECENTEMENTE. REPÓRTER BIANCA MINGOTE:
Com uma história marcada pela luta em prol da inclusão e da acessibilidade das pessoas com deficiência, Dorina Nowill foi a primeira pessoa cega a frequentar um curso regular no país, que na época preparava professores. Foi em 1943, na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo.
Dorina perdeu a visão ainda muito jovem, aos 17 anos, por conta de uma doença não identificada. A condição não parou a jovem, pelo contrário, ao perceber as dificuldades no ensino para pessoas com deficiência visual, Dorina Nowill desenvolveu um método de educação de crianças cegas. A iniciativa teve a aprovação do Departamento de Educação do Estado de São Paulo e ainda incentivou a implementação do 1º Curso de Especialização de Educação de Cegos na América Latina.
A homenagem à Dorina Nowill, com a inclusão de seu nome no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, virou lei agora em janeiro de 2024. A iniciativa foi da senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, e contou com o parecer favorável da senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal. Leila ressalta a permanência do legado de Dorina Nowill:
Leila - Dorina continua a ser lembrada e homenageada, ainda nos dias de hoje, por sua luta pela inclusão social e acessibilidade das pessoas com deficiência.
Em seu relatório, a senadora Leila Barros lembrou outras homenagens à educadora, como a criação, em 2013, no Senado, da Comenda Dorina Nowill, concedida a personalidades que tenham oferecido contribuição relevante para a defesa das pessoas com deficiência no Brasil. A história de Dorina também foi contada por meio de um documentário em 2016. Dorina dirigiu ainda a Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação e Cultura. Dorina Nowill faleceu em 2010, aos 91 anos. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Bianca Mingote.