Comissão de Direitos Humanos lança livro em memória de Luiz Gushiken — Rádio Senado
Homenagem

Comissão de Direitos Humanos lança livro em memória de Luiz Gushiken

A Comissão de Direitos Humanos promoveu o lançamento do livro ''Nova Ordem'', editado pela Fundação Perseu Abramo. Organizada pela jornalista Claudia Otero, a obra homenageia o ex-deputado federal e sindicalista Luiz Gushiken e reúne textos de 67 pessoas que conviveram com ele ao longo de sua militância política. Gushiken foi presidente do Partido dos Trabalhadores e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação no primeiro governo do presidente Lula. Morreu em 2013, vítima de câncer no aparelho digestivo.

04/12/2023, 17h18 - ATUALIZADO EM 04/12/2023, 17h24
Duração de áudio: 02:41
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PROMOVEU O LANÇAMENTO DO LIVRO ''A NOVA ORDEM'', EM HOMENAGEM À MEMÓRIA DO EX-DEPUTADO E SINDICALISTA LUIZ GUSHIKEN. A OBRA REÚNE TEXTOS DE SESSENTA E SETE PESSOAS QUE CONVIVERAM COM O PETISTA AO LONGO DE SUA MILITÂNCIA POLÍTICA. REPÓRTER CESAR MENDES. Organizado pela jornalista Fernanda Otero e editado pela Fundação Perseu Abramo, o livro ''A Nova Ordem'' reúne textos de sessenta e sete pessoas que conviveram com o sindicalista e ex-deputado federal Luiz Gushiken. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, apresentou um resumo da biografia do homenageado. '' Luiz Gushiken foi presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo. Presidiu o Partido dos Trabalhadores em 1989. Em 2002, Gushiken esteve entre os coordenadores da vitoriosa campanha de Luiz Inácio e Lula da Silva à Presidência da República e assumiu o cargo de ministro chefe da SECOM.'' A jornalista Claudia Otero destacou que as idéias de Gushiken sobre a emergência de uma nova ordem estão ligadas ao surgimento da Central Única dos Trabalhadores, nos anos 80. '' A sua atuação ficou registrada na nova ordem proposta pelo Congresso da Classe Trabalhadora nos idos de 1981, que abriu o caminho para os bancários, metalúrgicos, médicos, professores e tantos outros e outras, trabalhadores e trabalhadoras, se juntassem em torno da ideia de uma central sindical.'' Áudios do próprio Luiz Gushiken apresentados durante a cerimônia destacaram o papel dos sindicatos no enfrentamento do regime militar que governou o Brasil por mais de 20 anos, de primeiro de abril de 1964 até 15 de março de 1985. '' As pessoas às vezes não atribuem muita importância ao movimento sindical, mas o movimento sindical, ele na verdade, é ele que oferece para a elite da classe média, dos partidos, etc., a convicção de que tinham espaços para derrubar a ditadura.'' Autor de um dos textos do livro, o jornalista e escritor Washington Araújo lembrou que Luiz Gushiken acreditava na criação de um Parlamento mundial, de um Executivo mundial e de um Judiciário mundial. '' Na ideia do Gushiken, o Judiciário deveria ser aquele Judiciário que olha as pessoas procurando seu elo mais fraco, porque toda a corrente só se quebra quando o elo mais fraco se rompe. O Gushiken achava que o Judiciário mundial poderia fazer o que a ONU não faz com a guerra na Ucrânia, com a guerra em Gaza. '' Luiz Gushiken morreu aos 63 anos, em setembro de 2013, vítima de um câncer no aparelho digestivo. O livro ''Nova Ordem'' está disponível na internet, no site da Fundação Perseu Abramo, no endereço FPAbramo.org.br.  Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

Ao vivo
00:0000:00