COP 28: Lula cobra países desenvolvidos e Pacheco elogia fundo para ajudar os mais afetados pelas mudanças no clima
Em discurso na COP 28 nesta sexta-feira (1º), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, exaltou a redução de 8% pelo Brasil na emissão de gases de efeito estufa. Ele também defendeu que os países mais desenvolvidos ampliem suas metas de descarbonização para limitar o aumento do aquecimento global em 1,5%. Acompanhando o presidente da República na COP 28, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, elogiou a criação do Fundo de Perdas e Danos para apoiar os mais afetados pelas mudanças no clima, mas defendeu a premissa de que os países que mais poluem e já devastaram suas florestas precisam compensar as nações que ainda se esforçam para manter ativos ambientais.
Transcrição
SENADORES COMEMORARAM A APROVAÇÃO DO NOVO FUNDO DE PERDAS E DANOS, QUE VAI FINANCIAR PAÍSES MENOS DESENVOLVIDOS QUE SOFREM COM CATÁSTROFES E PELA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA.
MAS PRESIDENTE DO SENADO E PRESIDENTE LULA COBRAM ACORDO DE FINANCIAMENTO COM PAÍSES DESENVOLVIDOS PARA A MUDANÇA CLIMÁTICA: REPÓRTER PAULA GROBA
Ao discursar na COP 28 nesta sexta-feira, o presidente Lula foi contundente ao cobrar mais uma vez a ajuda internacional para a preservação da Amazônia e criticou o dinheiro gasto em guerras ao invés do acordo climático com nações em desenvolvimento.
LUla - é inaceitável que a promessa dos 100 bilhões de dólares por ano, assumida pelos países desenvolvidos não saia do papel, enquanto só em 2021 os gastos militares chegaram a 2 trilhões e 200 bilhões de dólares.
Lula exaltou a redução do Brasil na emissão de gases de efeito estufa em 8% ou 250 bilhões de toneladas de carbono a menos expedidas pelo país e defendeu a busca das nações para ampliarem suas metas de descarbonização para limitar o aumento do aquecimento global em um e meio por cento. Acompanhando o presidente da República na COP 28, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, elogiou a criação do Fundo de Perdas e Danos para apoiar países afetados pelo aquecimento global, mas defendeu a premissa de que os países desenvolvidos que mais poluem e devastaram suas florestas precisam compensar países que ainda detém ativos ambientais.
Pacheco - essa compensação já foi materializada em diversos acordos ao longo do tempo e é bom que ela comece a ser cumprida porque estamos no mesmo planeta, é muito importante que haja convergência de todos
420 milhões de dólares serão destinados ao fundo num primeiro momento: 246 milhões vindos da União Europeia; 100 milhões dos emirados árabes e 17 milhões e meio de dólares dos Estados Unidos. O governo brasileiro ainda apresentou na cop 28 em Dubai um plano para manutenção de florestas tropicais que vai compensar quem mantém a floresta em pé ou em processo de restauração. Também foi apresentado o plano de Transformação Ecológica com uma série de medidas para atividades comerciais sustentáveis no país como lembrou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Haddad - Hidrogênio, Eólica Offshore, com crédito de carbono no Congresso. Sem negar que o problema do combustível fóssil persiste. Mas ele persistirá mais se essas decisões que estão sendo tomadas não forem implementadas e nós estamos implementando.
A COP 28 segue até o dia 12 de dezembro. De Dubai para a Radio Senado, Paula Groba.