Debatedores defendem atendimento humanizado no INSS para pessoas com deficiência — Rádio Senado
Audiência pública

Debatedores defendem atendimento humanizado no INSS para pessoas com deficiência

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realizou uma audiência pública sobre o atendimento humanizado às pessoas com deficiência que necessitam do INSS. A audiência aconteceu a pedido do presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT - RS).

30/11/2023, 10h51 - ATUALIZADO EM 30/11/2023, 10h52
Duração de áudio: 01:32
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
UM DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APONTOU FALHAS NO ATENDIMENTO DO INSS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. DEMORA NA PERÍCIA E FALTA DE UM TRATAMENTO HUMANIZADO ESTÃO ENTRE AS RECLAMAÇÕES MAIS FREQUENTES. REPÓRTER JÚLIA LOPES: Na audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, debatedores relataram as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiências na hora de obter um benefício previdenciário ou assistencial. Longas filas, demora na marcação de perícias, falta de informações claras, de acessibilidade e de um atendimento humanizado estão entre as principais reclamações. Samara Rocha, representante da associação Tudo Azul, de apoio às pessoas autistas, relatou o caso de uma mãe e um filho que chegaram a ser expulsos de um posto do INSS porque a criança estava em crise: Samara Rocha: " E esse deslocamento dessas pessoas com deficiência para passar por essa perícia, ela já chega lá descompensada. Então, quando o perito vê que o autista chega em crise, que aconteceu um caso ocorrido, agora, recente aqui em Brasília, na agência da Asa Sul, eu acompanhei a mãe, o filho é nível de suporte 3, o filho começou a gritar e a perita não quis nem receber. Foi expulso mesmo, porque eu fiz uma ouvidoria, retirou a mãe dentro da perícia e negou o benefício, porque o filho estava gritando, estava esperneando, chutando e não teve suporte nem de segurança, nem de recepção, nem de nenhum atendente." A representante do Ministério dos Direitos Humanos, Anna Paula Feminella, defendeu medidas para melhorar o atendimento, como implantação de salas adaptadas a crianças autistas e a adoção de uma linguagem mais simples no site da Previdência. Em outubro, o Congresso aprovou um projeto que já virou lei e que tem como objetivo reduzir as filas do INSS. Mais de um milhão e setecentos mil brasileiros aguardam hoje por algum benefício. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Júlia Lopes.  

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