Comissão vai debater Programa de Capacitação para Enfrentamento da Violência contra Mulheres e Meninas — Rádio Senado
Questão de gênero

Comissão vai debater Programa de Capacitação para Enfrentamento da Violência contra Mulheres e Meninas

A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher aprovou o pedido de audiência pública para debater a adesão ao "Programa de Capacitação para Enfrentamento da Violência contra Mulheres e Meninas". O debate será nesta quinta-feira, a partir das 10h.

18/10/2023, 18h45 - ATUALIZADO EM 18/10/2023, 19h27
Duração de áudio: 02:00
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO PERMANENTE MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER TERÁ UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA PARA DEBATER O PROJETO DA FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA: "PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS". REPÓRTER LUANA VIANA: A Comissão aprovou o pedido para debater em audiência pública o Programa de Capacitação para Enfrentamento da Violência contra Mulheres e Meninas, criado pela Fundação Demócrito Rocha. A deputada Silvia Waiãpi, do PL do Amapá, destacou a necessidade da sociedade brasileira enxergar todos os tipos de violência contra as mulheres. Ela afirmou que as meninas e mulheres indígenas, ribeirinhas e que moram afastadas dos grandes centros urbanos são mais vulneráveis a abusos, muitas vezes justificados por questões culturais:  E nós vamos permitir que isso continue acontecendo, porque nós não fazemos parte daquela cultura indígena. Até quando a nossa voz vai ecoar apenas para as mulheres da cidade? Até quando a nossa voz vai permitir que meninas sejam entregues a casamento, porque nós precisamos comer? Eu trago para vocês o grito das crianças do norte que não podem se defender.  A senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, destacou a ironia de afirmar que as parlamentares estão felizes com a existência da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. Segundo ela, a comissão só existe em razão dos diversos casos de abuso sofridos por mulheres: A gente a gente diz que está feliz dessa comissão existir, mas é um paradoxo, né? Porque essa comissão existe porque existe uma chaga na sociedade que não deveria existir. Mas o fato da gente tratar isso objetivamente e com vontade de superar é que nos faz estar aqui presentes nessa comissão. Então, a gente precisa nessa comissão fazer jus ao nome que ela tem. Infelizmente é uma chaga que a gente tem que enfrentar, né? Para poder aprender a combater e buscar as alternativas de superação.  A audiência pública está marcada para esta quinta-feira, a partir das dez horas da manhã. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luana Viana. 

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