Aprovada coleta pública de dados sobre pessoas com deficiência para facilitar empregabilidade
A Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto do senador Romário (PL-RJ) que torna obrigatórias pesquisas públicas sobre condições e qualificações profissionais de pessoas com deficiência, além de dados das empresas relativos a funções para essa parte da população (PLS 316/2016). Relatada pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), a proposta segue para análise na Câmara dos Deputados caso não haja requerimento para votação no Plenário do Senado.
Transcrição
PROJETO DETERMINA COLETA OBRIGATÓRIA DE DADOS SOBRE PROFISSIONALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E DEMANDAS DE EMPRESAS.
MEDIDA APROVADA NO SENADO DEVE AUMENTAR EMPREGABILIDADE DESSA PARCELA DA POPULAÇÃO. MAIS DETALHES COM A REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.
A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou o projeto que torna obrigatória para institutos públicos de pesquisas a coleta de informações referentes às pessoas com deficiência sobre a profissionalização e demandas das empresas, além de condições de trabalho ofertadas para essa população. A proposta, que agora pode seguir diretamente para análise na Câmara dos Deputados caso não haja pedido para votação no Plenário do Senado, é uma solução para conhecimento de dados sobre as pessoas com deficiência a fim de aplicar com mais efetividade a legislação que reserva cargos a elas em empresas com mais de cem empregados.
A avaliação é do relator do projeto de lei, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, ao explicar a medida que altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência e foi proposta pelo senador Romário, do PL do Rio de Janeiro.
Paim - É um projeto que solicita que haja pesquisas, de caráter censitário ou não, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia, o IBGE, de caráter nacional, regional ou local, deverão, obrigatoriamente a cada nova edição da série, gerar novas informações sobre pessoas com deficiência. Essa demanda vai aprimorar todas as leis que existem nesse aspecto da pessoa com deficiência.
Para o senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, o projeto é um reforço para garantir os direitos dessa parcela da população.
Arns - Essa questão dos dados da pessoa com deficiência é algo essencial pra elaboração de políticas públicas. E dados bem estudados sobre os avanços que essas pessoas estão tendo.
Também foi aprovado na comissão projeto que inclui na Lei Maria da Penha a oferta de curso de defesa pessoal às mulheres interessadas a fim de dissuadir a violência doméstica e familiar. A proposta, da senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, prevê que o benefício seja oferecido em espaços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. A senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, leu o parecer favorável feito pela senadora Ana Paula Lobato, do PSB do Maranhão, e ressaltou dados importantes sobre a medida proposta.
Augusta - Pesquisas realizadas na área da Psicologia demonstram que a participação das mulheres em práticas como especificada no projeto contribui para elevar sua autoestima, levando, inclusive, a conseguir deixar relações abusivas antes mesmo de uma escalada da violência. Propiciar a esse grupo o acesso a programas de defesa pessoal pode significar a diferença, em muitas situações, entre a vida e a morte e a ocorrência de graves lesões e injúrias físicas, não sendo, mesmo, desprezível o efeito dissuasório da mera matrícula, frequência ou conclusão de curso com esse propósito.
E proposto pela senadora Augusta Brito foi aprovado pela comissão requerimento de audiência pública para debater a ausência de plantões 24h nas Defensorias Públicas do país. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.