Presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados pede estruturação do órgão — Rádio Senado
Audiência Pública

Presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados pede estruturação do órgão

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (17) pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), o presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, Waldemar Gonçalves, defendeu carreira própria na área de proteção de dados para atuação eficiente da autarquia. Ele explicou as ações feitas pela ANPD para a segurança das informações em poder de instituições. O debate foi um pedido do presidente da CI, senador Confúcio Moura (MDB-RO).

17/10/2023, 20h01 - ATUALIZADO EM 17/10/2023, 20h02
Duração de áudio: 03:09
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
CARREIRA NA ÁREA DE PROTEÇÃO DE DADOS É NECESSÁRIA PARA ATUAÇÃO EFICIENTE DA AUTARQUIA DO SETOR. PRESIDENTE DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS, WALDEMAR GONÇALVES DEFENDE PROJETO QUE PREVÊ CARGOS PARA ESTRUTURAR ÓRGÃO. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. A Comissão de Infraestrutura do Senado recebeu o presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD, Waldemar Gonçalves, para falar sobre o plano de atuação da autarquia e a transformação digital do país. Ele afirmou que o órgão precisa de uma maior estrutura para atender as demandas feitas pela população. Waldemar - A aprovação da transformação da ANPD numa autarquia especial foi importante, mas ainda tem que ser concluída com fortalecimento. A nossa nova estrutura, esse PL que está no Executivo ainda, prevê 81 DASs. Então é um impacto pequeno no Orçamento, mas ele é importante para nossa funcionalidade. Para um trabalho massivo nós temos que ter pessoal. Não tem como quatro pessoas fiscalizar todo o território nacional. Que a ANPD tenha sua carreira própria nessa área de proteção de dados! Ao responder o senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, sobre a atuação da autarquia em relação à segurança de dados para o combate a fraudes bancárias e no fornecimento de informações pessoais, Waldemar Gonçalves explicou as ações que são realizadas e alertou para o necessário questionamento a ser feito por cada cidadão. Waldemar - Nós trabalhamos em conjunto. O banco é o controlador de dados: ele recebeu e tem todos os dados do cidadão. A Autoridade não vai impor qual é a melhor tecnologia. Ela vai analisar se a tecnologia que o banco utilizou foi adequada ou se ele negligenciou de alguma forma. É importante o nosso internauta, o nosso titular de dados sempre questionar se aqueles dados todos são necessários. Aquele dado que não é necessário é um risco que o controlador, que a empresa corre de graça. O senador Confúcio Moura, que preside a Comissão de Infraestrutura e fez o pedido para a realização da audiência pública, apontou as ações tratadas pelo órgão, as limitações atuais e sua expectativa quanto a futuras deliberações. Confúcio - A Autoridade Reguladora de Dados tá completando só três anos de idade, com mil dificuldades estruturais na autarquia, fazendo advertências, recomendações preventivas, orientações. Os desafios são imensos, a expectativa da população é grande. Eu tenho certeza, no decorrer do tempo, com a evolução dos concursos e das disponibilidades orçamentárias essa autarquia crescerá muito e tomará a si administrativamente muitas das decisões penosas e longas do Poder Judiciário. O presidente da ANPD lembrou que, baseado na Lei Geral de Proteção de Dados, a autarquia pode aplicar sanções nos casos de danos e prejuízos causados por vazamento de dados pessoais de cidadãos, como suspensão temporária do uso dos dados e multa que pode chegar a 2% do faturamento do ano anterior das empresas, limitada a 50 milhões de reais por infração. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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