CPI das ONGs ouve diretor-executivo do IPAM — Rádio Senado
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CPI das ONGs ouve diretor-executivo do IPAM

A CPI das ONGs recebeu nesta terça-feira (17) André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Ele falou sobre o funcionamento do IPAM, uma organização científica, não-governamental e sem fins lucrativos. André Guimarães destacou que a principal função do instituto é produzir informações que possam servir de material para o Estado brasileiro desenvolver políticas públicas efetivas em prol do meio ambiente.

17/10/2023, 18h24 - ATUALIZADO EM 17/10/2023, 18h24
Duração de áudio: 02:19
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
O DIRETOR-EXECUTIVO DO INSTITUTO DE PESQUISA AMBIENTAL DA AMAZÔNIA, ANDRÉ GUIMARÃES, PRESTOU DEPOIMENTO À CPI DAS ONGS. O DIRETOR DO IPAM AFIRMOU QUE O ESTADO BRASILEIRO PRECISA SER FORTE PARA PROTEGER O MEIO AMBIENTE. A REPORTAGEM É DE LUANA VIANA: O diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães, explicou que a forma que o Instituto coleta dados é por meio da construção células de trabalho nas regiões em que estão sendo feitas as pesquisas dentro dos biomas Amazônico e Cerrado. Ele também afirmou que essa coleta acontece em parceria com a população local, principalmente, com os coletivos de agricultores, de indígenas e com as lideranças políticas das regiões: São escritórios avançados do IPAM, são escritórios de campo do IPAM onde ali ficam pessoas, geralmente locais que interagem no dia a dia com coletivos de agricultores com coletivos de indígenas, com lideranças políticas locais para entender realmente quais são as demandas que aquelas populações têm e ao entender essas demandas, nos ajudar a formular perguntas e, ao formular as perguntas, a gente poder fazer a ciência necessária para poder respondê-las e, consequentemente, gerar resultados positivos por meio de políticas públicas. André Guimarães ainda destacou que o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia compreende que a preservação ambiental e as políticas de desenvolvimento sustentável só são possíveis com uma forte presença do poder público nas regiões que precisam ser preservadas. Ele completou dizendo que a função do IPAM, como entidade não governamental, é realizar pesquisas que possam gerar informações de qualidade e corretas para que o Estado possa agir com precisão, construindo por meio dos dados fornecidos, políticas públicas eficientes e benéficas a todos. Nós entendemos no IPAM que o estado tem que ser forte. Muitos dos problemas que nós tivemos na Amazônia nos últimos 10, 15 anos foram por fragilidades da presença do estado. Então, nós entendemos que a sociedade civil fornecendo informações de boa qualidade, fortalecendo as boas políticas públicas, torna o estado mais eficiente, consequentemente beneficiando a todos. Essa é a lógica de funcionamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. O diretor-executivo do IPAM ainda destacou que, na Amazônia, mais de 80% da população vive em cidades e que essas cidades interferem diretamente no meio ambiente e sofrem interferência da floresta na mesma proporção. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luana Viana. 

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