Diretor-Geral da ANP defende tecnologias verdes mas sem abrir mão do petróleo — Rádio Senado
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Diretor-Geral da ANP defende tecnologias verdes mas sem abrir mão do petróleo

Nesta terça-feira (03), o Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, apresentou o plano de atuação da autarquia na introdução de fontes de energia renovável no país. Saboia destacou que ANP está empenhada no criação do Programa Nacional de Hidrogênio e na instalação de eólicas offshore, que produz energia em alto-mar. O senador Otto Alencar (PSD-BA) aproveitou a audiência para solicitar informações da agência sobre a prática de cartel por postos de gasolina.

03/10/2023, 19h30 - ATUALIZADO EM 03/10/2023, 19h32
Duração de áudio: 03:09
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO DEFENDE TECNOLOGIAS VERDES MAS SEM ABRIR MÃO DO PETRÓLEO. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DEVE CONTEMPLAR ENERGIA EÓLICA PRODUZIDA EM ALTO-MAR E PROGRAMA NACIONAL DE HIDROGÊNIO. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. O Diretor-Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis esteve na Comissão de Infraestrutura para apresentar o plano de atuação da autarquia para fontes renováveis na matriz energética do país. A audiência foi solicitada pelo presidente do colegiado, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia. Saboia afirmou que a ANP trabalha para produzir energia de forma sustentável, com baixas emissões de carbono, mas que ainda não é possível abandonar a produção de petróleo. Sobre o gás natural, o representante da ANP disse a indústria ainda está se desenvolvendo porque só faz dois anos que a Lei do Gás foi sancionada. Sobre as novas tecnologias, Saboia ressaltou que empresas de oléo e gás estão apoiando pesquisas em tecnologias verdes e descarbonização. Além disso, destacou que a ANP está empenhada na criação do Programa Nacional de Hidrogênio e na instalação das chamadas eólicas offshore, que é a energia gerada pela força dos ventos em alto-mar. Rodolfo Saboia: A participação da agência na instalação de eólicas offshore. Esse é o mercado que oferece sinergias com a indústria de petróleo, justamente pela experiência que nós temos em lidar com a regulação e com ativos em offshore. Integração com plataformas de produção, ou seja, usar energia eólica gerada no mar para suprimento de energia, de plataformas de produção. O senador Otto Alencar, do PSD baiano, aproveitou a audiência para perguntar ao Diretor-Geral como é feita a fiscalização para evitar o cartel do preço dos combustíveis. Segundo o senador, transportadoras precisam escolher outros estados que fazem fronteira com a Bahia para abastecer devido ao preço.  Otto Alencar: A Agência Nacional de Petróleo é a instituição que recebe as denúncias de cartel e de monopólio. E eu vejo uma dificuldade muito grande. Não queria chegar ao ponto de dizer que a agência nacional não fiscaliza, que ela tem um olhar muito displicente a respeito desses casos. Eu não vejo também a fiscalização. Em resposta, Rodolfo Saboia disse que a agência encaminha as denúncias que recebe ao CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Rodolfo Saboia: Tecnicamente é complicado comprovar a existência de um cartel, mas a gente investiga se as condições da denúncia caracterizam, de fato, a existência de um cartel. E ficando comprovada essa prática ou quaisquer outras partes práticas nocivas ao mercado, anticompetitivas, a ANP endereça ao CADE a denúncia.  Sobre novas fronteiras exploratórias, Saboia também dedendeu a exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, onde está a Bacia da Foz do Amazonas. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra. 

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