Entidades discutem reestruturação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária

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ENTIDADES DEFENDEM REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. RECOMENDAÇÃO É QUE O SISTEMA TENHA PLATAFORMA DIGITAL E REVISE OBRIGATORIEDADE DE PARTICIPAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. Entidades ligadas ao setor agropecuário estiveram no Senado, em audiência pública, para discutir o projeto de reestruturação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária.  O SNPA foi criado pela lei de política agrícola, sancionada em 1991, mas até hoje não foram adotados critérios para avaliar o desempenho das pesquisas. A coordenação do sistema é feita pela EMBRAPA em convênio com os estados e munícipios, entidades públicas e privadas, universidades, cooperativas, sindicatos e associações.  Entre as inovações, o projeto estabalece planos plurianuais, planos operativos e a criação de uma plataforma digital para integração da rede. O diretor-executivo da EMBRAPA, Clenio Pillon, disse que o projeto precisa combater a burocracia do segmento para permitir a aproximação dos pesquisadores.  Clenio Pillon: Quando a gente fala de plataformas colaborativas, de compartilhamento de dados, compartilhamento de estratégias, mas também de estrutura e de competências, nós precisamos vencer algumas barreiras. Hoje, se a gente quiser colocar um pesquisador da Embrapa dentro de uma universidade ou um professor de uma universidade dentro da EMPRAPA nós temos uma burocracia de tal forma que isso se inviabiliza. É como se no nosso corpo humano o sangue tivesse que pedir passagem para ir do coração até o pulmão Para evitar duplicação de pesquisas, o representante das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Gilson da Silva, defendeu a criação da plataforma digital que deve centralizar o que está sendo pesquisado nacionalmente em política agrícola. No entanto, ressaltou que a obrigação de participação de universidades no SNPA pode pulverizar os recursos. Gilson da Silva: A Embrapa e as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária, a sua atividade principal, é a pesquisa agropecuária e nós temos visto além daquele leque de novos parceiros, por exemplo, nada contra, mas e a universidade? A atividade primária da universidade é formar recursos humanos. Não é atividade primária dela fazer pesquisa agropecuária. Acredito que corre o risco de pulverizar esse recurso em diversas instituições, entidades. O relator, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, afirmou que novas tecnologias, como a inteligência artificial, podem ajudar no desenvolvimento do sistema. Izalci Lucas: Essa aproximação do setor empresarial, com setor acadêmico e governo é fundamental.Só funciona dessa forma.Evidente, com novas tecnologias, agora com inteligência artificial, pode ajudar muito nessa integração.  O projeto já foi aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e tramita na CCT em decisão terminativa. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.