Comissão de Esporte debate enfrentamento ao racismo no futebol — Rádio Senado
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Comissão de Esporte debate enfrentamento ao racismo no futebol

Participantes de audiência pública promovida nesta quarta-feira (13) pela Comissão de Esporte afirmaram que a prevenção e a repressão ao racismo no futebol devem ser compromisso de todos os setores da sociedade, e demandam medidas efetivas para terem resultado. Autor do requerimento para o debate, o senador Jorge Karuju (PSB-GO), pediu punições mais rigorosas a quem comete o crime de racismo no ambiente do futebol.

13/09/2023, 20h01 - ATUALIZADO EM 13/09/2023, 20h07
Duração de áudio: 02:32
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO AO RACISMO NO FUTEBOL DEVEM SER UM COMPROMISSO DE TODA A SOCIEDADE, E EXIGEM A ADOÇÃO DE MEDIDAS EFETIVAS. FOI O QUE AFIRMARAM PARTICIPANTES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA COMISSÃO DE ESPORTE DO SENADO FEDERAL NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI Durante a audiência na Comissão  de Esporte foram discutidas propostas e políticas públicas capazes de ajudar na prevenção e na repressão ao racismo no futebol e no esporte brasileiro. Autor do requerimento para esse debate, o senador Jorje Karuju, do PSB de Goiás, pediu punição mais rigorosa a quem comete o crime de racismo: “Porque é duro, né gente, discutir a volta do racismo no futebol, isso me causa um nojo, e aqui a gente precisa nesta comissão de esporte chegarmos a uma conclusão de punição mais rigorosa, punir para valer quem comete esse crime bárbaro nessa paixão chamada futebol”.   O representante da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo de Leão Andrade, afirmou que a entidade tem promovido campanhas e seminários sobre o tema, e também mudou seu regulamento de competições para agilizar as punições em casos de racismo: “São medidas que podem ser aplicadas pela CBF e depois submetidas ao crivo do STJD, responsabilizando os clubes pelos atos de atletas, de treinadores, de dirigentes, de torcedores, por meio de multas pecuniárias, fechamento de estádios, dedução de pontos ns competições”.   O  presidente da Comissão de Esporte, senador Romário, do PL do Rio de Janeiro, lembrou que o número de pessoas negras em cargos de comando no futebol é inversamente proporcional à quantidade de jogadores. “Como atleta negro, ao longo de minha carreira, constato hoje que foram muitos os companheiros da minha cor, mas foram pouquíssimos os treinadores, dirigentes e pessoas pretas em cargos de comando. Não há hoje presidente negro de um clube brasileiro ou um treinador de prestígio. Além das odiosas ofensas de cunho racial a torcedores e jogadores”.   Também presente à audiência, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu o estabelecimento de cotas raciais dentro do esporte: “Quando a gente pensa que havendo cotas e dando condições e permitindo que as pessoas negras estejam em todos os lugares, não só como treinadores, como os roupeiros, massagistas, os psicólogos e tudo mais que envolva ali desempenho de alta competição, ou não, seria essencial”.   O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, José Perdiz de Jesus; e o diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Medeiros Carvalho também participaram da audiência na Comissão de Esporte, entre outros convidados do setor público e da sociedade civil. Da Rádio Senado, Celso Cavalcanti. 

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