Especialista contesta argumentos de ambientalistas sobre o clima na CPI das ONGs — Rádio Senado
Amazônia

Especialista contesta argumentos de ambientalistas sobre o clima na CPI das ONGs

A pedido do relator, senador Marcio Bittar (União-AC), por meio do requerimento (REQ 30/2023), a CPI das ONGs ouviu o depoimento do meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion. O convidado contestou argumentos de ambientalistas sobre o clima e afirmou que a Amazônia não interfere de forma decisiva no clima global. O presidente da comissão, Plínio Valério (PSDB-AM) apresentou ainda dados consolidados após a primeira diligência do colegiado realizada em São Gabriel da Cachoeira (AM) no final de agosto

05/09/2023, 17h38 - ATUALIZADO EM 05/09/2023, 17h48
Duração de áudio: 03:26
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A CPI DAS ONGS RECEBEU O METEOROLOGISTA LUIZ CARLOS MOLION, ESPECIALISTA EM QUESTÕES AMBIENTAIS E CLIMÁTICAS. ELE CONTESTOU ARGUMENTOS DE AMBIENTALISTAS SOBRE O CLIMA. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A CPI das ONGs, que investiga atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia, ouviu o meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas, UFAL, Luiz Carlos Molion. O pesquisador tem 35 anos de experiência, sendo especialista em questões ambientais e climáticas. O convidado contestou diversos argumentos de ambientalistas sobre o clima e afirmou que a Amazônia não interfere de forma decisiva no clima global. Molion também destacou uma afirmação dada pelo Papa Francisco em 2019 de que a Amazônia é responsável pela distribuição de chuva na América do Sul e que o desmatamento da região amazônica impactaria em outras áreas do mundo. O meteorologista afirmou que a informação não procede e não tem base científica. De acordo com ele, o desmatamento na verdade interferiria na chuva interna do estado. Molion destacou ainda que a fonte de umidade fora da Amazônia não é a floresta e sim a umidade proveniente do oceano atlântico tropical. Ele também criticou os modelos sobre cenários climáticos que são usualmente utilizados para prever o clima e defender argumentos dos ambientalistas e apontou que a maioria dos modelos não são confiáveis e não reproduzem o clima global.  A Amazônia não interfere no clima global e não há uma crise global. Lamentavelmente a Europa está adotando políticas públicas em cima de resultado de modelos, que eu mostrei pra vocês, que não tem condições de prever o clima, nem a curtíssimo prazo, cinco dias de antecedência, muito menos para o ano de dois mil e trinta, dois mil e cinquenta, dois mil e cem. Lamentavelmente as políticas públicas estão sendo feitas em cima de resultado de modelos, e resultado de modelo não é dado concreto, não é ciência.  O relator da CPI, senador Marcio Bittar, do União do Acre, disse que a partir das contestações de que a Amazônia não interfere no clima do planeta o argumento dos ambientalista não tem onde se apoiar.   Tudo que fazem com a Amazônia, que é mais da metade do território nacional, é em cima de pressupostos falsos e aqueles que fizeram e fazem dessa questão ambiental o seu ganha pão, que estão ganhando dinheiro com isso, fogem desse debate, porque se você demonstra cabalmente que a Amazônia não interfere no clima do planeta, caiu por terra tudo o que esses movimentos ambientalistas fazem conosco. O presidente da comissão, senador Plínio Valério, do PSDB amazonense, apresentou ainda dados consolidados após a primeira diligência do colegiado, realizada em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, no final de agosto. O relatório do colegiado aponta que o Instituto Socioambiental, ISA, recebeu R$ 12 milhões do Fundo Amazônia entre 2016 e 2022. Para obtenção dos recursos, cerca de 50 lideranças indígenas teriam sido consultadas, o que não foi comprovado na visita ao estado. Representantes do ISA, como de demais ONGs, poderão ser convidados a prestar depoimentos à CPI. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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