Votação de requerimentos é adiada por falta de acordo entre governo e oposição na CPMI do 8 de Janeiro — Rádio Senado
Comissões

Votação de requerimentos é adiada por falta de acordo entre governo e oposição na CPMI do 8 de Janeiro

Por falta de entendimento entre governo e oposição, o presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União - BA), transferiu para a próxima semana a reunião destinada à votação de requerimentos. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), defende acesso aos Relatório de Inteligência Financeira do ex-presidente Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, além das quebras de sigilos dos militares envolvidos no relatório sobre as urnas eletrônicas e da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Já a oposição insiste que essas informações nao têm relação com os ataques do 8 de Janeiro e pedem a vinda do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, G. Dias.

22/08/2023, 20h13 - ATUALIZADO EM 22/08/2023, 20h15
Duração de áudio: 01:56
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
FALTA DE ACORDO ADIA VOTAÇÃO DE REQUERIMENTOS EM SESSÃO DA CPMI DO 8 DE JANEIRO PARA A PRÓXIMA SEMANA. RELATORA QUER APROVAR QUEBRA DE SIGILOS DE BOLSONARO E DE MILITARES QUE SE REUNIRAM COM HACKER. OPOSIÇÃO DIZ QUE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DO EX-PRESIDENTE NÃO TEM RELAÇÃO COM O 8 DE JANEIRO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Por falta de acordo, o presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, adiou para a próxima semana a sessão destinada à votação de requerimentos. A relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, defende a quebra dos sigilos telemáticos e telefônicos dos militares que se reuniram com o hacker Walter Delgatti Neto, incluindo o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; da deputada Carla Zambelli, do PL de São Paulo; e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ela também quer acesso ao RIF – Relatório de Inteligência Financeira, do ex-presidente Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Acho que as quebras de sigilos telemáticos e telefônicos daquelas pessoas que foram citadas pelo Walter Delgatti é a grande prioridade neste momento. Então, a gente não pode por exemplo ter um depoimento robusto como nós tivemos na última reunião e não avançar para quebrar os signos até para compatibilizar o que nós ouvimos do Walter Delgatti. Então, para isso nós temos que aprovar esses requerimentos hoje. Ao se declarar contrário à quebra dos sigilos de Bolsonaro por não ter relação com a CPMI, o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, cobrou o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do presidente Lula, general G. Dias.   Qual é o nexo causal dessa evidência que eles tentam buscar na quebra de sigilo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com a CPI do 8 de janeiro? Qual é a vinculação? Ah é porque eles querem investigar em relação à questão das joias. Qual é a relação das joias com o ato do 8 de janeiro? O que os governistas tentam fazer aqui é criar narrativas, eles não querem investigar com profundidade os atos do 8 de janeiro. O que eles estão tentando fazer aqui é uma outra CPI dentro dessa CPI. A oposição também quer as quebras de sigilos do hacker e convocar o comandante da Força Nacional de Segurança Pública, coronel José Américo Gaia. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00