Celso Sabino defendeu diálogo com Congresso e governos para alavancar o turismo no país
O ministro do Turismo, Celso Sabino, apresentou à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) nesta terça-feira (22) as ações da pasta para o desenvolvimento do país no setor. Entre as medidas, ele anunciou o Plano Nacional de Turismo, que inclui metas, como de geração de empregos, para os próximos cinco anos. Presidente da CDR, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) defendeu o incentivo ao setor para gerar desenvolvimento ao país.
Transcrição
O MINISTRO DO TURISMO, CELSO SABINO, EXPÔS NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO AS AÇÕES DA PASTA PARA OS PRÓXIMOS ANOS.
ENTRE AS MEDIDAS, ELE ANUNCIOU O PLANO NACIONAL DO TURISMO PARA DESENVOLVER O SETOR. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
Em audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou a entrega ao presidente da República nos próximos dias do Plano Nacional de Turismo. O documento traz ações para desenvolvimento do turismo no país nos próximos cinco anos, que inclui metas para incentivar o emprego. Entre os gargalos que impedem alavancar o turismo no Brasil, Sabino destacou o preço das passagens aéreas, a ausência de voos em certas localidades e a falta de infraestrutura ferroviária e portuária, entre outros. E destacou a importância do diálogo com o Congresso para encontrar soluções que incentivem turismo no país.
“Considerando que o turismo é uma pasta transversal porque falar de turismo é falar de segurança pública, de saúde pública, de educação, de qualificação, falar de turismo é falar de infraestrutura. Espero aqui inaugurar um diálogo com o Senado Federal e com esta comissão no sentido de encontrarmos juntos, com a participação do Congresso Nacional, junto ao governo federal e ao governo dos estados e prefeituras alternativas, soluções e pôr em prática ações necessárias para que o Brasil possa ver multiplicado o número de empregos, multiplicado o número de geração de renda, multiplicado o número de turistas que frequentam o nosso país.”
Ao mencionar os preços exorbitantes das passagens aéreas e os horários inadequados de voos na região Norte, o senador Alan Rick, do União do Acre, defendeu a abertura do mercado para empresas estrangeiras.
“Ministro, nós precisamos, de uma vez por todas, abrir o mercado nacional. Eu entendo que nós precisamos alterar o artigo 216 do nosso Código Aeronáutico Brasileiro, nós precisamos alterar esta legislação e realmente abrir o mercado, gerar concorrência. Eu vou apresentar um projeto de lei para abrir o mercado nacional para as low cost internacionais”.
Ao destacar o potencial do Brasil para receber visitantes, tanto nacionais como internacionais, o presidente da Comissão, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, disse que o incentivo ao turismo vai gerar desenvolvimento.
“A nossa esperança é que o Brasil, que tem um potencial turístico muito grande, possa ser uma mola na alavancagem do nosso desenvolvimento, do emprego. É a indústria sem chaminés. O Brasil, infelizmente, há décadas, vem com o mesmo número de turistas. A quantidade de turistas do Brasil que vai para o exterior é praticamente o dobro da quantidade turista que vem pra cá. Então, uma coisa injustificável. O nosso país precisa avançar em muitas áreas, mas sem nenhuma dúvida, se tiver uma área que nós estamos muito atrasados, quando comparamos com outros países, é a área do turismo.”
O ministro Sabino também anunciou a realização do Salão Nacional do Turismo, que será realizado sempre em dezembro, para expor os atrativos turísticos do país, e programas que incentivem as viagens nacionais, como pacotes turísticos para idosos e estudantes. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.