Presidente da Petrobrás afirma que política de preços atual é coerente com autossuficiência do país — Rádio Senado
Audiência Pública

Presidente da Petrobrás afirma que política de preços atual é coerente com autossuficiência do país

O ex-senador Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobrás, explicou nesta quarta-feira (16) que reajustes de combustíveis não são mais feitos conforme critérios de importação, como no governo anterior, já que a maior parte do petróleo utilizado no país é nacional. Em audiência pública das comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR), Jean Paul Prates ressaltou a plena atividade das refinarias, o investimento em novas fontes energéticas e o plano da Petrobras de abastecimento para garantir preços estáveis à população.

16/08/2023, 18h53 - ATUALIZADO EM 16/08/2023, 19h21
Duração de áudio: 02:36
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Transcrição
POLÍTICA DE PREÇO DE PARIDADE DE IMPORTAÇÃO FOI ABANDONADA POR NÃO FAZER SENTIDO NUM PAÍS AUTOSSUFICIENTE EM PETRÓLEO, DIZ PRESIDENTE DA PETROBRAS. JEAN PAUL PRATES APONTA EM AUDIÊNCIA NO SENADO QUE REAJUSTES DE COMBUSTÍVEIS SEGUEM ESTÁVEIS COM REFINARIAS EM PLENO FUNCIONAMENTO E PLANO DE ABASTECIMENTO. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. O presidente da Petrobras e ex-senador Jean Paul Prates esteve em reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional para falar sobre o plano de atuação da empresa e a estruturação da política de preços e abastecimento de petróleo e combustíveis. Ele explicou o motivo da mudança feita pelo governo Lula ao abandonar a política do preço de paridade de importação. Jean - PPI é a maior estupidez que um país pode praticar não sendo um importador, sendo autossuficiente em petróleo. PPI é paridade de importação, não é paridade internacional. Todo mundo confunde. É diferente! Então se você chegou a autossuficiência, pratica o preço como se tudo fosse importado e refinado fora? A nossa realidade era praticar um preço na porta de qualquer das refinarias brasileiras como se fosse um produto trazido de Roterdã, com os custos de colocá-lo lá. Nós temos vantagens competitivas. Nosso petróleo é produzido aqui. Segundo Jean Paul Prates, o modelo utilizado atualmente para a política de preços dos combustíveis foi desenvolvido há décadas pela Petrobras, que tem ainda investido na plena atividade das refinarias e na transição energética com novas fontes usadas no país. Ao falar do último reajuste dos combustíveis anunciado, ele ressaltou que não há interferência do Poder Executivo nos valores estipulados pela empresa. Jean - Em momento nenhum presidente Lula, ministro, quem quer que seja diz “olha, baixa aí, segura ali, faz isso, faz aquilo”. Nós estamos comandando o processo como deve ser, com as variáveis do modelo do plano de abastecimento e é esse programa que comanda essa estratégia comercial: chegar ao consumidor final com o melhor preço, com a melhor condição em todo o território nacional. E agora precisamos reajustar porque chegamos a um patamar superior estabilizado. Fizemos o ajuste e vamos fazer quantos forem necessários sem absolutamente ficar seguindo o PPI e menos ainda as volatilidades ocasionais. Para lidar com crises referentes a combustíveis, o presidente da Petrobras recomendou a aprovação pela Câmara dos Deputados de projeto do senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, que cria uma política de segurança de preços para o país se proteger de grandes variações internacionais com um fundo de reserva para concessão de subsídios temporários. A medida já foi adotada em outros países, segundo Jean Paul Prates, que também destacou o controle de estoques reguladores e a fiscalização previstos na proposta. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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