Senado aprova Política de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo — Rádio Senado
Plenário

Senado aprova Política de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo

O Senado aprovou o projeto que cria a Política Nacional de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo (PL 2208/2022). O objetivo é estimular o empreendedorismo entre os filhos de agricultores e apoiar iniciativas que deem a eles viabilidade econômica para permanecer no meio rural. A política tem como público-alvo pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Ela estrutura-se em quatro eixos de ação: educação empreendedora, capacitação técnica, acesso ao crédito e difusão de tecnologias no meio rural. O texto vai à sanção.

15/08/2023, 20h56 - ATUALIZADO EM 15/08/2023, 20h56
Duração de áudio: 02:57
aen.pr.gov.br

Transcrição
SENADO APROVA PROPOSTA QUE CRIA POLÍTICA DE ESTÍMULO AO EMPREENDEDORISMO DO JOVEM DO CAMPO. UM DOS OBJETIVOS É APOIAR INICIATIVAS QUE DEEM A ELES VIABILIDADE ECONÔMICA PARA PERMANECER NO MEIO RURAL. REPÓRTER PEDRO PINCER O Senado aprovou o substitutivo da Câmara ao projeto do então senador José Agripino que cria a Política Nacional de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo. O objetivo da proposta é estimular o empreendedorismo entre os filhos de agricultores e apoiar iniciativas que deem a eles viabilidade econômica para permanecer no meio rural. A política tem como público-alvo pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Ela estrutura-se em quatro eixos de ação: educação empreendedora, capacitação técnica, acesso ao crédito e difusão de tecnologias no meio rural. As estratégias da política devem convergir para a inclusão social, de forma a promover a reintegração do jovem no processo educacional e a elevar sua escolaridade por meio de formação integral. A política nacional também incentivará a criação de novos empreendimentos e a manutenção e a expansão de empreendimentos já existentes por meio de linhas de crédito rural específicas para os jovens do campo. O relator na Comissão de Educação e Cultura, senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, mencionou que ainda há grande preconceito quanto ao jovem que decide ficar no campo, muito em razão da falta de incentivos ao empreendedorismo e ao desenvolvimento dessas regiões. Isso atrapalha, significativamente, a visão de mundo. Não pode ser colocado na forma como nossos pais colocavam, por falta de perspectiva. O Brasil mudou. Então, hoje um jovem querer trabalhar, ficar na zona rural recebendo a educação, formação empreendedora para poder enxergar a sua terra, a terra dos seus pais como uma empresa, um lugar de se produzir, de se vender ou de se agregar valor à produção, é uma coisa real.” Estão previstos cursos técnicos e profissionais complementares às atividades rurais como operação e manutenção de máquinas e equipamentos agropecuários, uso da informática e noções sobre funcionamento do mercado. A proposta sugere a criação do Comitê de Formação Empreendedora do Jovem do Campo, com a participação de órgãos públicos e de entidades como o Sebrae. A senadora, Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, que relatou o texto da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, destacou a redução do número de jovens vivendo no campo devido à concentração de oportunidades profissionais no meio urbano. O atual contexto do mercado exige uma crescente absorção de novas tecnologias pelos estabelecimentos produtivos, para que possam se manter competitivos. É, portanto, uma necessidade incentivar a permanência dos jovens no meio rural, considerando que são esses empreendedores que têm maior capacidade de absorver as novas tecnologias e promover as mudanças produtivas necessárias. O texto segue agora para a sanção presidencial. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

Ao vivo
00:0000:00