Relatora da CPMI quer convocar envolvidos na venda de joias e presentes recebidos por Bolsonaro — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

Relatora da CPMI quer convocar envolvidos na venda de joias e presentes recebidos por Bolsonaro

A relatora da CPMI do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), defendeu a convocação de envolvidos na suposta venda de presentes recebidos pelo ex-presidente Bolsonaro. Segundo a Polícia Federal, teriam participado do esquema o general Mauro Cesar Cid, pai do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o advogado Frederick Wassef. Nesta terça-feira, está previsto o depoimento do fotógrafo da Reuters, Adriano Machado. Um dos defensores da convocação, senador Eduardo Girão (Novo-CE), acusa o profissional de proximidade aos manifestantes por ter combinado as fotos do ataque ao Palácio do Planalto.

14/08/2023, 13h11 - ATUALIZADO EM 14/08/2023, 13h22
Duração de áudio: 02:51
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
RELATORA DA CPMI DO 8 DE JANEIRO DEFENDE A CONVOCAÇÃO DE ENVOLVIDOS NA SUPOSTA VENDA DE PRESENTES DO EX-PRESIDENTE BOLSONARO. OS INTEGRANTES DA COMISSÃO DEVEM OUVIR NESTA TERÇA-FEIRA UM FOTÓGRAFO QUE ESTAVA DENTRO DO PALÁCIO DO PLANALTO NO DIA DA INVASÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Ao comentar a Operação da Polícia Federal, que revelou que aliados do ex-presidente Bolsonaro teriam vendido joias e outros presentes recebidos em viagens oficiais, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, defendeu a convocação dos envolvidos no suposto esquema de desvio de bens públicos. Entre eles, estão o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid; já ouvido pela comissão; o pai dele, general Mauro César; o tenente Osmar Crivelatti, que também atuou na ajudância de ordens, e o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef. Ela ressaltou que as investigações da PF cruzam com as da CPMI no que dizem respeito à identificação dos financiadores dos atos do dia 8 de Janeiro. O mandado de busca e apreensão da Polícia Federal nos traz a necessidade de apurar se existe uma relação com a venda fraudulenta de produtos luxuosos por agentes públicos com os financiadores do ato do 8 de janeiro. Também nos leva a tomar a decisão de convocar pessoas que foram atingidas por esse mandado. A CPI continua firme na sua linha de investigação: a busca dos autores intelectuais e dos financiadores do oito de Janeiro. Convocado por sugestão dos partidos de oposição, o fotógrafo da agência Reuters, Adriano Machado, deve prestar depoimento nesta terça-feira. Integrantes da base aliada contestaram a oitiva dele alegando inconstitucionalidade no que diz respeito ao trabalho da imprensa. Um dos autores do requerimento, senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, argumenta, no entanto, que Adriano Machado teria combinado fotos com os invasores do Palácio do Planalto, o que segundo ele, configura que o fotógrafo teria familiaridade com os manifestantes. A imagem mostrou uma encenação, a imagem que você olha mostra algo muito estranho. O fotógrafo dizendo “Não! Quebra desse jeito. Não! Deixa eu ver esse ângulo se é melhor” e ainda vai mostrar a foto. Quem é esse manifestante? Por que que ele estava fazendo esse papel? Então, é uma linha muito tênue que a gente precisa investigar o que é que está por trás disso. Essa foto depois estava nas capas aí do mundo, uma foto que é uma farsa porque é uma coisa que não foi espontânea e é isso que a gente precisa ir atrás. Na quinta-feira, a CPMI do 8 de Janeiro poderá ouvir o hacker Walter Delgatti Neto sobre a invasão ao sistema eletrônico do Judiciário e de telefones de autoridades, incluindo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, supostamente a pedido da deputada Carla Zambelli, do PL de São Paulo. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

Ao vivo
00:0000:00