Eliziane Gama quer reconvocar ex-diretor-geral da PRF, preso por atrapalhar as eleições

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APÓS PRISÃO, RELATORA DA CPMI DO 8 DE JANEIRO DECIDE CONVOCAR NOVAMENTE EX-DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL. EM DEPOIMENTO PRESTADO EM JUNHO, SILVINEI VASQUEZ NEGOU O USO DA CORPORAÇÃO NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a Polícia Federal prendeu o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez. Ele e outros três ex-diretores, dois ex-coordenadores da PRF e um agente são investigados por prevaricação, quando um servidor público deixa de cumprir o seu dever; violência política, quando há um impedimento do exercício de direitos políticos e tentativa de atrapalhar a votação em processo eleitoral. No segundo turno das eleições no ano passado, a PRF aumentou o número de efetivo e de fiscalizações nas cidades do Nordeste onde o então candidato Lula tinha obtido a maioria dos votos. Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, no dia 20 de junho, Silvinei Vasquez negou qualquer uso da corporação para favorecer o ex-presidente Bolsonaro. Diante da prisão, a relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, decidiu reconvocar o ex-diretor da PRF ao citar que ele faltou com a verdade no primeiro depoimento. Quando o Silvinei esteve aqui na comissão, ele mentiu de uma forma escancarada em vários pontos que nós conseguimos comprovar, inclusive, no momento da oitiva dele de que de fato ele estava mentindo. Na sequência, inclusive, encaminhamos uma representação junto ao Ministério Público Federal para que tomasse as devidas providências. A partir desta prisão está clara a necessidade de reconvocação e fazer uma compatibilidade a partir dos documentos que nós levantamos com a fala que ele trouxe aqui na comissão. O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, não considera a prisão de Silvinei Vasques como motivação para o ex-diretor da PRF voltar à CPMI. A reconvocação de quem já prestou depoimento à CPMI é normal, agora tem que verificar quais os fatos novos, quais as circunstâncias novas. O fato da prisão não é elemento suficiente para justificar a nova convocação para um novo depoimento. É preciso verificar quais são os fatos novos que justificam isso. Mas é legítimo a relatora pedir um novo depoimento se ela tiver elementos que apontem para essa necessidade. A relatora explicou que caberá ao presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, agendar uma sessão para a votação do requerimento de convocação de Silvinei Vasquez e de pedidos de acareação. Para esta quinta-feira, está previsto o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, investigado por invadir sistemas do Poder Judiciário e telefones de autoridades. Da Rádio Senado, Hérica Christian.