CRE aprova indicações às embaixadas no Irã, Canadá e Bulgária
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sabatinou e aprovou por unanimidade as indicações da Presidência da República aos cargos de embaixadores do Brasil no Irã (MSF 43/2023), no Canadá (MSF 44/2023) e na Bulgária (MSF 45/2023). Relatadas respectivamente pelos senadores e Nelsinho Trad (PSD-MS), Margareth Buzetti (PSD-MT) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), as indicações seguem para votação no Plenário.

Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES APROVOU TRÊS DIPLOMATAS PARA O CARGO DE EMBAIXADORES NO IRÃ, NO CANADÁ E NA BULGÁRIA.
AS INDICAÇÕES, AGORA, SEGUEM PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional sabatinou e aprovou por unanimidade três indicações da Presidência da República para a chefia das embaixadas no Irã, no Canadá e na Bulgária. Com a relatoria do senador Nelsinho Trad, do PSD sul-mato-grossense, vai representar o Brasil em Teerã o diplomata Eduardo Ricardo Gradilone Neto, que já foi embaixador na Nova Zelândia, Turquia e atualmente na Eslováquia. Grandilone disse que o embargo dos Estados Unidos àquele país contamina as relações iranianas em todo o mundo. E, apesar das sanções americanas, o Irã é o maior importador de produtos brasileiros do oriente médio, via outros países. Eduardo Grandilone ainda ressaltou que as notícias apresentam um Irã diferente do real.
“Ele é o único país xiita do mundo, ou predominantemente xiita. Mas ao contrário do que se pensa do xiismo como um ramo muito radical do islamismo, no caso iraniano é até bem diferente. Então, em alguns aspectos, esse xiismo não é assim, no que se refere a alguns tipos de assuntos, tão intolerante quanto se deduz dessas notícias.”
Ao defender o envio à comissão de relatórios periódicos sobre a atuação do diplomata na embaixada do Irã, o senador Esperidião Amin, do PP catarinense, disse que o Brasil deve desconstruir preconceitos.
“É um posto que mereceria um reporte, no mínimo, bimestral a esta comissão. Porque ele vai para o coração da controvérsia. Acho que é um posto muito importante. Ele é um parceiro natural do Brasil. Temos que desobstruir as nossas relações com o Irã, desobstruir preconceitos que não são nossos. Que o Brasil não tome partido de todas as questões que não são suas”.
Para a embaixada no Canadá, foi aprovada a indicação do diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, e para a Bulgária e Macedônia do Norte, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura. Os nomes ainda precisam da votação no Plenário. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.