Conselho de Comunicação do Congresso debate agressões e ameaças à liberdade de imprensa
Agressões graves contra jornalistas e veículos de imprensa continuam ocorrendo no Brasil e ameaçam liberdades básicas de jornalistas e da própria sociedade. O assunto foi debatido pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. Em 2022 foram registradas dezenas de atos envolvendo violência física, destruição de equipamentos, ameaças e até assassinatos.
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Transcrição
AGRESSÕES GRAVES CONTRA JORNALISTAS E VEÍCULOS DE IMPRENSA CONTINUAM OCORRENDO NO BRASIL E AMEÇAM LIBERDADES BÁSICAS DE JORNALISTAS E DA PRÓPRIA SOCIEDADE. O ASSUNTO FOI DEBATIDO PELO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CONGRESSO NACIONAL. REPÓRTER: FLORIANO FILHO.
Em 2022, houve 376 casos de agressões a jornalistas e veículos de comunicação no Brasil. Foi praticamente um caso por dia. Os dados são de um relatório da Federação Nacional dos Jornalistas, a Fenaj. Mesmo sendo elevados, ainda são ocorrências menores que em 2021, que teve 430 casos registrados -- um recorde desde o início da série histórica feita pela federação. Em 2022 as ameaças, hostilidades ou intimidações diretamente a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país. O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional debateu a violência contra profissionais de comunicação durante audiência pública no Senado. Foi identificado um crescente questionamento pela sociedade das instituições estabelecidas, incluindo a imprensa. Maria José Braga, representando os jornalistas profissionais, lembrou que em 2013, ano em que ocorreram diversas manifestações populares violentas no país, o número de agressões contra jornalistas e veículos de imprensa atingiram o auge. Ela afirmou que o Congresso Nacional, naquela altura, reagiu rapidamente contra essa situação.
O Congresso Nacional, muito rapidamente, agiu, com deputados e senadores apresentando propostas para minimizar as consequências da violência contra jornalistas e para evitar essa consequência.
Em 2022 também foram registradas dezenas de agressões graves, envolvendo violência física, destruição de equipamentos, ameaças e assassinatos. Samira de Castro, da Federação Nacional dos Jornalistas, afirmou que o relatório da Fenaj está cada vez mais detalhado. Para ela, a sociedade como um todo também é vítima quando os meios de comunicação são impedidos de fazer um trabalho equilibrado e objetivo.
A Federação conseguiu categorizar essa violência, que tem o objetivo de cercear a liberdade de imprensa, de impedir o exercício profissional de jornalistas e demais trabalhadores da mídia.
Durante a reunião os conselheiros também incluíram liberdade de imprensa, inteligência artificial e publicidade no rádio e TV entre as próximas prioridades do Conselho. E aprovaram uma recomendação pedindo a liberdade do jornalista e ativista Julian Assange, um dos criadores do Wikileaks, que se encontra preso no Reino Unido. Da Rádio Senado, Floriano Filho.