Manutenção da taxa de juros em 13,75% ao ano repercute no Senado
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde agosto de 2022. Foi a quarta reunião do Copom neste ano. Em todas as ocasiões, o comitê decidiu não alterar o nível da taxa básica de juros. Na nota, o Copom também não dá indícios sobre uma eventual redução da taxa de juros nas futuras reuniões. A manutenção da Selic repercutiu no Senado.
Transcrição
A MANUTENÇÃO DA TAXA DE JUROS PELO BANCO CENTRAL REPERCUTIU NO SENADO.
ÍNDICE CONTINUA EM 13,75%, MESMO PATAMAR DESDE AGOSTO DE 2022. REPÓRTER PEDRO PINCER.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde agosto de 2022. Foi a quarta reunião do Copom neste ano. Em todas as ocasiões, o comitê decidiu não alterar o nível da taxa básica de juros. Na nota, o Copom também não dá indícios sobre uma eventual redução da taxa de juros nas futuras reuniões. Porém, diferentemente dos comunicadores anteriores, desta vez, o comitê não sinalizou a possibilidade de aumento da Selic, que é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.Na previsão de economistas das instituições financeiras, o início do ciclo de corte dos juros deve começar a partir de agosto, quando a Selic recuaria para 13,50% ao ano. No comunicado sobre a decisão, o Copom escreveu ainda que a política de manter a taxa em 13,75% vem surtindo os efeitos desejados de segurar a inflação. O Copom afirmou que o momento é de paciência e serenidade. A manutenção da Selic repercutiu no Senado. Para Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, as atuais taxas de juros não prejudicam apenas micro e pequenas empresas, mas todos os setores da economia do país
Está matando as micros, pequenas e médias empresas deste país, sim! Como podemos falar aqui de diminuir a dívida do país com uma taxa Selic de 13,75? Ele está levando à falência as empresas deste país e tirando os empregos, gente
O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, se mostrou contrário a uma possível saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ninguém gosta de juros, é verdade. Obviamente que os juros não são a favor da captação de crédito, mas não se combatem juros demitindo o Presidente do Banco Central, não se combatem altas taxa de juros demitindo o Presidente do Banco Central. É preciso atacar a fonte dos problemas.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, garantiu que não há chance de que Roberto Campos Neto seja demitido.
Não é nenhuma pretensão do Governo retirar o Presidente do Banco Central, porque o Presidente da República, o nosso Governo, respeita a legislação vigente. Já existe a legislação da autonomia - tanto faz se eu concordo ou não concordo -, a lei está aí e a lei será respeitada.
A próxima reunião do Copom, que é integrado pelo presidente e pelos diretores do Banco Central, está prevista para os dias primeiro e dois de agosto. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.