Secretário do Ministério do Meio Ambiente defende ações para controle do desmatamento
Nesta quarta-feira (14), o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, prestou esclarecimentos na Comissão de Meio Ambiente (CMA) sobre a política ambiental do governo federal. Ele defendeu a agenda ambiental do governo, com foco no combate ao desmatamento e captação de investimentos por meio do Fundo Amazônia. Convidada para a audiência, a ministra Marina Silva informou que estava em São Paulo para realização de exames médicos.
Transcrição
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE DEFENDEU MEDIDAS CONTRA O DESMATAMENTO ILEGAL.
SEGUNDO O INPE, ALERTAS DE DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA CAIRAM 31% DE JANEIRO A MAIO, MAS AS TAXAS NO CERRADO AUMENTARAM. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA.
Em audiência na Comissão de Meio Ambiente, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, prestou esclarecimentos sobre a política ambiental do governo e as metas para os próximos anos. Ele substitiu a titular, Marina Silva, que estava em São Paulo para a realização de exames médicos. O secretário defendeu uma agenda de descarbonização, a necessidade de investimentos para garantir os desafios socioambientais do planeta, com atenção especial para o Fundo Amazônia, e afirmou que o ministério está focado na reconstrução da imagem do Brasil no exterior.
João Paulo Capobianco - O Brasil voltou a ser um ponto de interesse internacional. A credibilidade do Brasil cresceu. Fundo Amazônia. por exemplo, nos últimos seis anos, não tinha recebido um centavo. Desde que a ministra Marina assumiu, desde que o presidente Lula apresentou seus compromissos, desde que a secretária Ana Toni foi nos fóruns internacionais apresentando os compromissos do governo brasileiro em enfrentar a questão do desmatamento ilegal, nós recebemos já valores expressivos, estamos esperando a um bilhão de dólares novamente no fundo da Amazônia, por quê? Por aumento de credibilidade.
O senador Jorge Kajuru, do PSB de Góias, quis saber sobre a estratégia adotada pelo ministério para combater o desmatamento ilegal e declarou apoio ao embargo de terras com registro de atividades predatórias. Também presente à audiência, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, citou que os dados do INPI mostram uma dimunuição de 31% nos alertas de desmatamento nos últimos meses na Amazônia. E defendeu os embargos que estão sendo feitos pelo instituto na região.
Agostinho - Todo desmatamento está sendo autuado, as áreas tão sendo embargadas, então numa determinada propriedade é feito o desmatamento ilegal de metade da propriedade e essa metade da propriedade ela é embargada. Então é apenas a área que é desmatada ilegalmente que é embargada, embargar significa que a área fica impossibilitada de uso até que ela seja regularizada do ponto de vista ambiental.
O senador Jorge Seif, do PL catarinense, criticou a ministra Marina Silva por declarações sobre o agronegócio.
Jorge Seif - É um absurdo o governo, uma mensagem de uma ministra que tem tanto prestígio internacional chamar o nosso agronegócio, que é o mais sustentável do mundo, e só se a Embrapa Territorial estiver mentindo. É o mais sustentável do mundo. Nossos produtores por vezes destina 50%, 60% de sua área pra proteção ambiental chamar de "ogronegócio".
Em resposta, o secretrário-executivo explicou que as declarações de Marina Silva foram retiradas de contexto. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.