Audiência pública debate medidas de enfrentamento ao câncer de colo do útero — Rádio Senado
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Audiência pública debate medidas de enfrentamento ao câncer de colo do útero

A Comissão de Assuntos Sociais debateu em audiência pública as medidas de enfrentamento ao câncer de colo do útero. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) foi a autora do pedido para a realização da sessão. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, entre 2023 e 2025 o número de novos casos estimados da doença é de aproximadamente 17 mil, sendo o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres e que pode ser evitado por meio da vacina contra o HPV.

26/05/2023, 17h24 - ATUALIZADO EM 26/05/2023, 17h25
Duração de áudio: 03:01
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DEBATEU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO. A DISCUSSÃO FOI PEDIDA PELA SENADORA TERESA LEITÃO, QUE RESSALTOU A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO. REPÓRTER GABRIELA PEREIRA. A Comissão de Assuntos Sociais debateu as medidas de enfrentamento ao câncer de colo do útero, terceiro tipo mais incidente em mulheres. O pedido para a realização da audiência pública foi da senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, que ressaltou a importância da prevenção.  O câncer de colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano ou HPV. O diagnóstico é realizado de forma simples, através do exame papanicolau. Em casos de descoberta na fase inicial da doença, as chances de cura são altas. Dados do Instituto Nacional de Câncer, afirmam que o risco de incidência é de aproximadamente 15 mil a cada 100 mil mulheres. Além disso, ainda de acordo com o INCA, no Brasil a maior quantidade de casos está nas regiões norte e nordeste. Teresa Leitão pontuou que isso pode ser explicado pela situação socioeconômica e de vulnerabilidade social.  O câncer de colo de útero tem relação direta com as condições socioeconômicas da população feminina, pois tem uma característica importante analisada em todas as regiões do mundo, que é a incidência com relação direta à vulnerabilidade social. A gestora de Política de Saúde da População Negra do Recife e representante do Movimento Rede de Mulheres Negras, Rose Santos, ressaltou a importância do acesso às políticas de prevenção e de diagnóstico, principalmente para mulheres negras e mulheres em situação de vulnerabilidade.  O câncer de colo uterino é uma patologia que tem suas complexidades, que é importante para todo o processo de cuidado de linhas de protocolos. Mas a gente também precisa trazer esse debate, entendendo aquela mulher que está dentro da periferia, que está dentro das comunidades, que muitas vezes tem a oferta, mas não tem acesso. Então a importância da gente ampliar o acesso dessas mulheres. O diretor do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Marcos Vinicius Soares Pedrosa, destacou que para combater a doença é preciso a mobilização da sociedade e do poder público.  Diante da gravidade do problema, não é, a gente não pode abrir mão de nenhuma estratégia, então a gente precisa, a partir desse espaço, mobilizar trabalhadores e trabalhadoras, é mobilizar os movimentos de mulheres, a sociedade em geral, para que conversem com os seus suas familiares. É, e também com as iniciativas do poder público.  Teresa Leitão também falou sobre a importância da conscientização e da necessidade de políticas públicas que incentivem o enfrentamento à doença, uma vez que já existem vacinas contra o vírus HPV, o diagnóstico da enfermidade é simples e de baixo custo. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Gabriela Pereira. 

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