CE aprova formação permanente de educadores para identificar violência contra crianças — Rádio Senado
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CE aprova formação permanente de educadores para identificar violência contra crianças

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou a proposta que prevê formação permanente dos profissionais de educação para a identificação de violência contra crianças e adolescentes (PL 5016/2019). A relatora do projeto, senadora Teresa Leitão (PT-PE), ressaltou que os alunos passam grande parte do dia na escola e que a construção de um ambiente acolhedor e qualificado pode ajudar na manifestação das possíveis vítimas.

16/05/2023, 13h18 - ATUALIZADO EM 16/05/2023, 13h18
Duração de áudio: 01:51
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU UMA PROPOSTA PARA IDENTIFICAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA. O PROJETO PREVÊ FORMAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO PARA ATUAR NESTES CASOS. REPORTAGEM DE RODRIGO RESENDE. A Comissão de Educação aprovou o projeto que prevê uma formação permanente dos profissionais de educação para a identificação de violência contra crianças e adolescentes. De autoria da deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro, a proposta contou com relatório favorável da senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco. A relatora apontou que as crianças passam grande parte de seu dia na escola e que a criação de um ambiente acolhedor pode permitir que os alunos possam revelar as agressões sofridas em casa.  Teresa - A formação permanente dos profissionais da educação para um olhar mais atento aos sinais indicativos de qualquer desordem com crianças e adolescentes faz todo o sentido. É certo que, mesmo sob a condição de estudantes, que passam uma parte expressiva de sua jornada diária na escola, muitas crianças e adolescentes têm dificuldades para falar sobre sua situação, especialmente quando são vítimas. A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, contou sua experiência pessoal e afirmou que sentiu falta de um olhar atento e preparado das diversas pessoas que dividiam o seu cotidiano.  Damares - Eu fui estuprada aos seis anos de idade. A minha rede de proteção era a escola, a família e a igreja. As minhas três redes de proteção falharam comigo em não ler os sinais que eu mandava. De que eu estava sendo vítima de violência sexual. Se um professor, a merendeira, alguém da portaria da escola tivesse observado que eu estava sendo vítima e que eu estava num cativeiro de dor e sofrimento e tivesse me abraçado e dito para mim que eu não era culpada daquilo a minha vida teria sido bem diferente. O projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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