Debatedores na CE defendem diagnóstico preciso da educação para o novo PNE — Rádio Senado
Audiência pública

Debatedores na CE defendem diagnóstico preciso da educação para o novo PNE

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realizou a primeira audiência pública do ciclo de debates sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que expira no ano que vem. A iniciativa é do presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR). Os debatedores destacaram a necessidade de se fazer um diagnóstico preciso sobre a situação da educação no país para detectar desigualdades. Participaram do debate representantes do Ministério da Educação, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Fórum Nacional de Educação.

15/05/2023, 13h13 - ATUALIZADO EM 15/05/2023, 13h14
Duração de áudio: 03:58
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
DEBATEDORES NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DEFENDERAM UM DIAGNÓSTICO PRECISO DO ENSINOPARA ELABORAR O NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. ELES PARTICIPARAM NESTA SEGUNDA-FEIRA DE AUDIÊNCIA SOBRE O NOVO PNE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Na primeira audiência pública do ciclo de debates sobre o novo PNE, Plano Nacional de Educação, promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, os debatedores destacaram a necessidade de se fazer um diagnóstico preciso sobre a situação do ensino no país. Ao mencionar que a educação é desigual, a Secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, do Ministério da Educação, Zara Figueiredo disse que o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, apesar de ter sido importante para conhecer a situação, esconde desigualdades, principalmente em relação a estudantes negros e da educação especial. Zara Figueiredo defendeu fazer, antes de tudo, um diagnóstico da real situação da educação no Brasil. “O que nós temos e me parece ser o caminho é primeiro ter clareza deste diagnóstico, não é diagnóstico médio. É um diagnóstico muito detalhado por grupos, por áreas, por modalidades. E, a partir disso, nós temos uma concepção política, um posicionamento político para definir indicadores, definir prioridades e definir um financiamento que dê conta disso.” Na mesma linha, o presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Curi, ressaltou a evasão durante o ciclo educacional. Dos 47 milhões de crianças matriculadas na educação básica, 60% ingressam no nível médio e 40% na universidade. Dos que concluem a faculdade, quase seis milhões de pessoas não trabalham na área de sua formação nem se dedicam ao magistério superior. Para Luiz Curi, as políticas educacionais devem levar em conta esta evasão dos bancos escolares e da profissão.  “A meta da política não pode ser ter matriculados. A meta da política é ter profissionais da educação superior atuando como agentes que ampliem a produtividade econômica, que amplie o emprego, que amplie, portanto a produtividade industrial, que amplie a perspectiva de criação de novos espaços econômicos para a empregabilidade, que amplie a cultura, que amplie o acesso a direitos essenciais, estratégicos advindos da correção da desigualdade”. Também na avaliação de Armando Simões, Assessor do Gabinete da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, o novo PNE deve incluir análise diagnóstica para traçar diretrizes, considerando as fontes de financiamento. O atual PNE vai expirar no ano que vem e em 2025 já deve haver um novo plano em vigor. Por isso, a Comissão de Educação iniciou o debate do tema, como explicou o presidente do colegiado, o senador Flávio Arns, do PSB paranaense. “E com estas audiências públicas o Senado Federal, através da sua Comissão de Educação já inicia também, formalmente, o diálogo, os debates e possíveis encaminhamentos para algo tão importante para a sociedade brasileira para os próximos anos. Vamos dialogar bastante, discutir bastante, fazer análise sobre o que já vem sendo feito.” O representante do Fórum Nacional de Educação, Heleno de Araújo Filho, sugeriu que o novo plano valorize o conjunto dos profissionais de educação, que inclui professores e merendeiros. Diretora de Estudos Educacionais do Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Maria Teresa Alves explicou que a instituição produz relatórios com análises sobre o sistema educacional para subsidiar a elaboração do novo Plano Nacional de Educação. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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